BIOLOGIA ITINERANTE: PROMOVENDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL

MARIANA VIDAL, Tamyris Ramos dos Santos, Ana Maria Bicca, Anabela Deble, Ana Paula Acevedo Rodrigues

Resumo


Atualmente, a compreensão da relação do uso dos recursos naturais e impactos ambientais acendem a perspectiva para reflexão sobre a reeducação da sociedade no sentido de minimizar esses impactos, as práticas sociais, em um contexto marcado por degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, cria uma necessária articulação das instituições de ensino comunitárias com a produção de sentidos sobre a educação ambiental através de projetos de extensão. A extensão universitária é eixo chave do ensino superior comprometido com os problemas da sociedade, sendo um campo especializado de intervenção para a construção do saber. Teoria e prática são elos indissolúveis na produção de conhecimento que podem ser efetivadas pelos alunos, fortalecendo sua formação e ao mesmo tempo, busca trazer respostas a problemas sociais e ambientais existentes na sociedade. Refletir sobre a complexidade ambiental abre uma estimulante oportunidade para compreender a gestação de novos atores sociais que se mobilizam para a apropriação da natureza, para um processo educativo articulado e compromissado com a sustentabilidade e a participação, apoiado numa lógica que privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes áreas de saber. O projeto Biologia Itinerante: Levando a Educação Ambiental Não Formal para a Comunidade tem como objetivo o diagnóstico de problemas ambientais existentes nas comunidades em estudo e a proposição de soluções para os mesmos, através de práticas de Educação Ambiental não formal, promovendo, assim, a interação entre a instituição de ensino superior e a comunidade a qual ela se insere, através de palestras, oficinas, debates, cursos para as comunidades assistidas e intervenções em lugares públicos. O presente projeto está sendo desenvolvido no município de Bagé, RS, primeiramente são levantadas as problemáticas socioambientais existentes na comunidade, através de pesquisas in loco e relatos via telefone, uma vez que a população costuma procurar o Curso de Ciências Biológicas para comunicar problemas ambientais existentes na comunidade. Posteriormente são realizadas palestras, cursos, oficinas, debates e ações de educação ambiental com intuito de minimizar os impactos diagnosticados e relatados pela população. Fica explicito, através das ações do projeto, que conhecer a realidade socioambiental local torna-se uma importante ferramenta para prevenção, recuperação, preservação e conservação dos sistemas ecológicos existentes no nosso Bioma, contribuindo assim, para a formação efetiva de cidadãos conscientes de suas responsabilidades sócio ambientais, através de estratégias teóricas e práticas, sendo a Educação Ambiental não formal uma das medidas fundamentais e, possivelmente, a mais importante forma de tentar reverter esta situação a médio e longo prazo.

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