ESTUDO DE CASO: BARREIRAS SOCIAIS DE UMA MULHER DEFICIENTE VISUAL NA CIDADE DE BAGÉ
Resumo
Na contemporaneidade, a comunidade deficiente visual e diabética bageense tem constantemente expressado seu descontentamento perante ao acesso a direitos básicos, lidando diretamente com barreiras sociais como o capacitismo, que refere-se a qualquer preconceito ou discriminação contra deficientes de qualquer tipo. O presente estudo procura identificar as dificuldades enfrentadas por deficientes visuais no acesso a serviços básicos, como a educação, além do papel exercido pela diabetes na agravação destes problemas. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa desenvolvida a partir da observação de experiências vividas por Roberta Petter Barbosa, diabética e deficiente visual, além de uma entrevista com a mesma. Ao analisar os resultados obtidos, observa-se que a deficiência visual decorrente da diabetes gerou múltiplos impactos severos em sua trajetória pessoal, afetando diretamente sua formação educacional, oportunidades de trabalho e experiências maternas. A falta de infraestrutura adequada, a ausência de profissionais preparados e o preconceito social contribuíram para o agravamento das suas limitações e exclusões sociais. Dessa forma, conclui-se que embora haja avanços legais no campo da inclusão, ainda há uma lacuna larga entre a legislação e a realidade vivida pelas pessoas com deficiência visual. Diante disto, torna-se urgente repensar políticas públicas, fortalecer práticas inclusivas e promover a acessibilidade em todos os âmbitos sociais, garantindo, assim, a efetivação dos direitos fundamentais dessa população.
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PDFReferências
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