TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: DIAGNÓSTICO TARDIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Resumo
O Transtorno do Espectro Autista caracteriza-se como uma síndrome comportamental do indivíduo, que abrange diversos sintomas como baixa aptidão social, comportamentos repetitivos e dificuldade na linguagem. Assim, o diagnóstico tardio do TEA acontece, normalmente, devido à criança receber outros diagnósticos antes do autismo ser detectado. Outrossim, mesmo que o país disponha de dados sobre o tema, não há aprofundamento nas consequências educacionais mediante o diagnóstico tardio. Dessarte, a tese destaca-se, pois é necessário analisar as possíveis consequências que a falta de diagnósticos de autismo pode acarretar no aprendizado e no ensino dessas pessoas. Dessa forma, questionou-se quais as prováveis dificuldades no processo de ensino e aprendizagem de indivíduos autistas que receberam diagnóstico tardio e as possíveis consequências no desenvolvimento estudantil. Portanto, teve-se como objetivo da pesquisa identificar os principais obstáculos no ensino e aprendizado de crianças autistas com diagnóstico tardio. Ademais, os objetivos específicos foram explicitar as desordens do diagnóstico tardio do TEA e seus impactos na alfabetização, investigar os fatores que levam à grande diferença entre os diagnósticos de autistas de gênero, etnia e classes sociais diferentes. Bem como analisar as causas do atraso no diagnóstico do TEA no Brasil e comparar táticas pedagógicas inclusivas e não inclusivas de escolas públicas e privadas. A pesquisa objetivou identificar os principais obstáculos no ensino e aprendizado de crianças autistas com diagnóstico tardio. O estudo foi realizado por meio de pesquisas bibliográficas em artigos científicos. Também foi feita uma pesquisa qualitativa com 2 psicólogas. Ademais, outra enquete com diretores de escola públicas e privadas foi estudada. Ambas pesquisas tiveram o intuito de coletar dados relacionados ao diagnóstico do transtorno em Alegrete e suas consequências. Também, examinou-se relatos de 2 indivíduos com o transtorno, sendo um menino de 19 anos, com o Ensino Médio concluído, e uma menina de 18 anos ainda no terceiro ano do EM. Contudo, mesmo diante de pesquisas sobre TEA, ressalta-se a relevância de aprofundar o diagnóstico tardio e o desenvolvimento escolar no contexto ensino e aprendizagem. Além disso, a falta de visibilidade do problema acarreta no baixo índice de diagnósticos ou diagnósticos tardios, em sua maioria, por pessoas do sexo masculino e de classe média alta. Igualmente, verificou-se que em Alegrete-RS, alguns dos casos revelam ignorância com a pessoa com TEA provindo do colégio e dos colegas. Ainda, o diagnóstico mostra-se complexo e é necessário que seja realizado precocemente para que se possa realizar o tratamento adequado. Constatou-se, que indivíduos dependentes do SUS encontram-se afetados devido à demora para conseguir consultas neuropsicológicas. Então, o diagnóstico tardio apresenta-se como consequência da desigualdade social, causando o atraso do desenvolvimento social do sujeito.
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