COMUNIDADE ÁRABE NA FRONTEIRA DA PAZ

Resumo

Na região do Oriente Médio e África setentrional, os desertos são abundantes e acabam dificultando a agricultura e pecuária, fazendo os nativos se tornarem nômades. Hábito que até hoje é visto, já que migram para lugares prósperos, tanto no quesito econômico ou social. As cidades de Santana do Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai), são vistas com esses olhos pelo povo árabe. Os Free Shops, cuja a maioria pertence ao povo mencionado, tem grande influência na economia local, pois torna os munícipios atraentes para turistas. Além disso, é visto eles atendendo lojas no centro santanense e participando de manifestações ao favor de seus direitos. No mesmo bairro, temos a Mesquita Al Salam e um restaurante de comida árabe. O objetivo dessa pesquisa era saber mais sobre a comunidade árabe nas cidades citadas, afinal, é vista a maior aglomeração deles na região. Para termos as respostas, foi feito um formulário (Google Formulário) com sete questões objetivas para maior entendimento. Onze árabes ou descendentes, sete mulheres e quatro homens, responderam as perguntas, e com base de suas respostas foi possível perceber uma maior migração de palestinos (6) e jordanianos (4). Sobre os motivos por optarem Livramento e Rivera, todos comentaram sobre o mercado promissor para seus negócios e boa hospitalidade, já que a população árabe é grande nos municípios. Ao falarem sobre como era viver em um país ocidental, alguns mencionaram que era normal (5). Sete dos entrevistados escreveram que já sofreram preconceito relacionado a etnia ou religião. Todos os onze mantem contato com parentes da terra natal, e quando perguntado sobre suas opiniões sobre os atuais conflitos no Oriente Médio, muitos se mostraram contra as guerras, apoiando os palestinos, contra a interpretação do grupo Talibã e/ou a favor da população. Analisando os dados, é conclusivo que são muito unidos entre si, e que fizeram da fronteira sua casa. Mesmo com todas as dificuldades, eles continuam firmes e fortes. Os inúmeros comércios na parte central são de árabes, assim como os Free Shops. Em suma, é notável importância econômica, cultural e social do grupo para a Fronteira da Paz.