A Percepção de Mulheres sobre Violência de Gênero e Sexualidade Feminina
Resumo
Introdução: Em vistas de uma maior abrangência feminina, as profissionais da área da saúde atuarem diretamente e indiretamente com a saúde da população feminina faz-se necessária a compreensão das mesmas em relação às questões de violência de gênero e sexualidade feminina, questões pertinentes em nossa vivência. Objetivo: O estudo teve como objetivo principal compreender a concepção das docentes do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade da Região da Campanha (URCAMP) acerca da Violência de Gênero e Sexualidade Feminina. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de tipologia exploratória e descritiva; com abordagem qualitativa, que fora realizada com dez docentes do sexo feminino do Centro de Ciências da URCAMP, no município de Bagé/RS. Resultados: Como resultados obtiveram-se os seguintes núcleos de sentido: “o conhecimento sobre “violência de gênero feminino” e “mulheres e sexualidade feminina”. Na primeira categoria, as participantes relacionaram violência de gênero com a violência que a mulher sofre por parte do homem. Relacionaram fortemente as questões do machismo, referindo a sobreposição do homem à mulher. Apontaram a violência física, moral, emocional, psicológica associada à violência de gênero. Na categoria “Mulheres e Sexualidade” as participantes citaram que a vida sexual da mulher é envolta de muitos preconceitos relacionados ao corpo da mulher, suas escolhas de vida e de sua própria sexualidade e comportamento feminino, que implicam numa problemática social e de saúde. As entrevistadas relatam que o preconceito é enraizado na nossa sociedade e que é cultural, sendo passado por gerações. Conclusões: O posicionamento de mulheres docentes do campo da saúde tem forte impacto na formação de novos profissionais da área, pois contribuiu para diminuir as desigualdades nas condições de vida e nas relações sociais entre homens e mulheres. Sendo assim, a abordagem a estas temáticas deve superar o modelo biomédico de atenção, a superação desse modelo implica rever os currículos de formação de profissionais de saúde, a prática profissional e abranger o contexto em que a mulher se encontra, em todos os aspectos de sua vida.
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