UTILIZAÇÃO AGROECOLÓGICA DA FIBRA DE COCO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE Lactuca sativa L.

LILIAN ARANDA PERES, ANA CLAUDIA KALIL HUBER, GABRIEL PEREIRA PITANA, LEONARDO ULGUIM LAGUNA, LEANDRA DO COUTO GARCIA

Resumo


O aproveitamento da casca de coco verde é viável por suas fibras serem quase inertes e terem alta porosidade. Esse subproduto agrícola é fator de degradação ambiental, em função de sua distribuição difusa e alto tempo de decomposição.  O objetivo do experimento foi à utilização da fibra de coco para produção de mudas de Lactuca sativa L. O presente trabalho foi realizado no período entre os dias 25 de maio a 4 de julho de 2017, em ambiente protegido numa casa de vegetação modelo arco, localizado no Instituto Biotecnológico de Reprodução Vegetal – Intec, vinculado a Universidade da Região da Campanha – Urcamp, em Bagé, Rio Grande do Sul, situada entre as coordenadas latitudes: 31° 19' 43'' Sul Longitudes: 54° 6' 26'' Oeste, altitude de 214m.  A estrutura da casa de vegetação, é de aço galvanizado coberta com filme de baixa densidade (PEBD), instalada no sentido norte-sul, com 20m².  O delineamento utilizado foi inteiramente casualizados, com quatro tratamentos: T1: testemunha com 100% substrato comercial Tropstrat®, T2: 25% húmus e 75% fibra de coco, T3: 50% húmus e 50% fibra de coco, T4: 75% húmus e 25% fibra de coco. A semeadura da alface foi realizada em bandejas de poliestileno expandido de 200 células com volume de 15cm3 por célula, com três repetições de 10 plantas por parcela, totalizando 30 plantas por tratamento.  O fertilizante orgânico (húmus) foi produzido no processo de vermicompostagem (esterco bovino leiteiro) realizado por minhocas da Califórnia (Eisenia foetida). As irrigações foram realizadas manualmente,  usando regadores com água uma vez ao dia. Aos 41 dias após a semeadura, por ocasião do fim da etapa de produção de mudas as plantas foram extraídas cuidadosamente das células das bandejas, de cada tratamento, preservando suas raízes e imediatamente lavadas com água corrente a fim de eliminar os resíduos de substrato aderido às raízes. Posteriormente, foi medida, com uma régua milimetrada, o comprimento da raiz e altura da parte aérea, determinada a partir da base do caule (colo) até o ápice da folha mais nova, estabilidade do torrão, porcentagem de germinação e índice de velocidade de emergência (IVE). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias ao teste Duncan ao nível de 5% de probabilidade utilizando o programa SASM-Agri (2001). Nos tratamentos testados a melhor porcentagem de germinação e IVE ocorreu com 25% e 50% de fibra de coco (98,7%). Para altura da parte aérea da muda não obtivemos diferença estatística entre os tratamentos, e comprimento de raiz o melhor tratamento foi com 50% de fibra de coco.  Nas condições testadas, aconselha-se a utilização de fibra de coco como substrato alternativo para produção de mudas de alface.  


Palavras-chave


húmus bovino; substrato; fertilizante orgânico

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