BIOSSORÇÃO DE METAIS PESADOS UTILIZANDO A MICROALGA SYNECHOCCOCUS NIDULAN
Resumo
Introdução: Acompanhada do expressivo crescimento de indústrias, a
contaminação de efluentes tem sido fator preocupante visto que leva a degradação
do meio ambiente. Em relação aos fatores que compõem os resíduos é possível
mencionar os metais pesados que levam a diversos problemas. Estes são
considerados altamente tóxicos e estão presentes na maioria das águas residuais e
não são biodegradáveis, assim, gerando problemas ao solo como também na
qualidade da água e dos seres vivos. Os metais tóxicos tem sua atividade em
determinada concentração, porém, mesmo em concentrações reduzidas, os cátions
de metais pesados quando em meio líquido sofrem o efeito de amplificação
biológica. Nesse sentido, as microalgas apresentam-se como alternativa no
tratamento de efluentes com metais pesados por apresentarem capacidade de
biossorção desses elementos. Objetivo: A utilização da microalga Synechoccocus
nidulans para remoção de metais pesados em meio líquido. Metodologia: A
microalga utilizada neste estudo foi a Synechoccocus nidulans cedida pelo
Laboratório de Engenharia Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande
(FURG). A microalga foi mantida em meio Zarrouk, a 28°C, em estufa termostatizada
do tipo BOD, com foto-período de 12h, em erlenmeyer, com aeração realizada por
compressores de ar. Para a realização dos experimentos, as microalgas foram
cultivadas em 300 mL meio Zarrouk, a 28°C, sem aeração, com adição do metal
pesado cádmio nas concentrações de 0,2; 0,4; 0,8 e 1,6 mg.L-1. Um experimento
controle (somente com meio Zarrouk) foi realizado paralelamente para fins de
comparação. Diariamente foram determinadas a concentração de biomassa e o pH
dos cultivos através de espectrofotômetro e pHmetro, respectivamente. Para
quantificação do metal cádmio, ao final de cada cultivo a biomassa foi separada do
meio líquido por centrifugação e o sobrenadante foi submetido a análise por
espectrometria de absorção atômica, com forno de grafite, a fim de determinar a
quantidade de cádmio residual presente no meio líquido. Resultados: Para as
concentrações utilizadas nos experimentos de 0,2; 0,4; 0,8 e 1,6 mg.L-1 obtiveram-se
os seguintes valores de remoção, respectivamente, 75,34%, 3,5%, 18,7%, 30,1%.
Podemos perceber que, exceto para a concentração 0,2 mg/L onde houve erros
experimentais, temos uma remoção crescente. Assim, conclui-se que o percentual
de remoção maior foi para a maior concentração de cádmio utilizada. Conclusão:
Após a realização dos experimentos propostos e a análise dos dados obtidos,
verifica-se que a biossorção através da microalga é uma alternativa no tratamento
de resíduos que possuam metais pesados. Para a continuação dos estudos nesta
área será desenvolvido o estudo de biossorção com outros metais pesados como
chumbo e cobre. Agradecimento: Ao Programa de Desenvolvimento Acadêmico
(PDA-UNIPAMPA) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pela
disponibilidade.
contaminação de efluentes tem sido fator preocupante visto que leva a degradação
do meio ambiente. Em relação aos fatores que compõem os resíduos é possível
mencionar os metais pesados que levam a diversos problemas. Estes são
considerados altamente tóxicos e estão presentes na maioria das águas residuais e
não são biodegradáveis, assim, gerando problemas ao solo como também na
qualidade da água e dos seres vivos. Os metais tóxicos tem sua atividade em
determinada concentração, porém, mesmo em concentrações reduzidas, os cátions
de metais pesados quando em meio líquido sofrem o efeito de amplificação
biológica. Nesse sentido, as microalgas apresentam-se como alternativa no
tratamento de efluentes com metais pesados por apresentarem capacidade de
biossorção desses elementos. Objetivo: A utilização da microalga Synechoccocus
nidulans para remoção de metais pesados em meio líquido. Metodologia: A
microalga utilizada neste estudo foi a Synechoccocus nidulans cedida pelo
Laboratório de Engenharia Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande
(FURG). A microalga foi mantida em meio Zarrouk, a 28°C, em estufa termostatizada
do tipo BOD, com foto-período de 12h, em erlenmeyer, com aeração realizada por
compressores de ar. Para a realização dos experimentos, as microalgas foram
cultivadas em 300 mL meio Zarrouk, a 28°C, sem aeração, com adição do metal
pesado cádmio nas concentrações de 0,2; 0,4; 0,8 e 1,6 mg.L-1. Um experimento
controle (somente com meio Zarrouk) foi realizado paralelamente para fins de
comparação. Diariamente foram determinadas a concentração de biomassa e o pH
dos cultivos através de espectrofotômetro e pHmetro, respectivamente. Para
quantificação do metal cádmio, ao final de cada cultivo a biomassa foi separada do
meio líquido por centrifugação e o sobrenadante foi submetido a análise por
espectrometria de absorção atômica, com forno de grafite, a fim de determinar a
quantidade de cádmio residual presente no meio líquido. Resultados: Para as
concentrações utilizadas nos experimentos de 0,2; 0,4; 0,8 e 1,6 mg.L-1 obtiveram-se
os seguintes valores de remoção, respectivamente, 75,34%, 3,5%, 18,7%, 30,1%.
Podemos perceber que, exceto para a concentração 0,2 mg/L onde houve erros
experimentais, temos uma remoção crescente. Assim, conclui-se que o percentual
de remoção maior foi para a maior concentração de cádmio utilizada. Conclusão:
Após a realização dos experimentos propostos e a análise dos dados obtidos,
verifica-se que a biossorção através da microalga é uma alternativa no tratamento
de resíduos que possuam metais pesados. Para a continuação dos estudos nesta
área será desenvolvido o estudo de biossorção com outros metais pesados como
chumbo e cobre. Agradecimento: Ao Programa de Desenvolvimento Acadêmico
(PDA-UNIPAMPA) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pela
disponibilidade.
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