JORNAL LABORATÓRIO: OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA JORNALÍSTICA NA FORMAÇÃO DE NOVOS PROFISSIONAIS
Resumo
Introdução: Além da reflexão causada pela teoria, a prática jornalística é essencial para a formação dos futuros profissionais da área. As instituições de ensino superior devem promover ambientes em que o acadêmico possa ter contato com a produção jornalística desde os primeiros meses de formação. Partindo dessa premissa, foi oportunizada, a um grupo de acadêmicos do curso de Jornalismo da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), a produção e a publicação de quatro cadernos especiais, intitulados, respectivamente como: “Alternatividade: A cultura alternativa de Bagé”, “Caderno Comunidade: Casa da Menina”, “Caderno Integra: Desigualdade social driblada pelo amor” e “Biourcamp: Pela preservação do Bioma Pampa”. Todas as produções citadas foram encadernadas e publicadas entre dezembro de 2016 e abril de 2018, pelo Jornal Minuano, laboratório de jornalismo da Urcamp. Objetivo: O objetivo deste trabalho é analisar a experiência de jornal laboratório na promoção da prática da profissão e na humanização do jornalista como profissional. Metodologia: Esta pesquisa configura-se como exploratória com abordagem qualitativa, utilizando como procedimento o estudo de caso, no qual será analisado o trabalho desenvolvido pelo grupo de estudantes do curso de Jornalismo da Urcamp. Resultados parciais: Além de trabalhar a prática jornalística e os conceitos teóricos em diferentes modalidades, como a redação, a edição, a diagramação e o fotojornalismo, estas produções possibilitaram um importante crescimento profissional e pessoal aos futuros jornalistas. A integração entre a “sala de aula” e a realidade resultou não só em alcançar os objetivos propostos, mas também superá-los, já que através destes trabalhos, os estudantes se inseriram nas comunidades beneficiadas e produziram outros conteúdos, como produções audiovisuais e a manutenção de sites de redes sociais. Além disso, também foram alcançadas as metas de cada uma das produções, cujas quais eram, respectivamente, dar espaço aos movimentos culturais marginalizados; divulgar o trabalho de uma instituição que há mais de 20 anos tem abrigado crianças e jovens em situação de vulnerabilidade; mostrar a realidade de uma comunidade escolar na periferia de um município do interior gaúcho e salientar a importância de um evento que proporcione intercâmbio de conhecimentos científicos e conscientização ambiental. Considerações finais: O que chamamos de realidade nos é apresentado, na maioria das vezes, pelos meios de comunicação. Sendo assim, podemos afirmar que as histórias em questão não poderiam fazer parte da realidade de pessoas fora desses círculos sem a interferência da mídia. Tendo isto em mente, a realização de trabalhos como estes são relevantes tanto para a visibilidade das comunidades beneficiadas quanto para a formação dos alunos como profissionais humanizados e que serão os responsáveis por escolher, no futuro, o que será, ou não, mostrado ao público. Desta forma, podemos considerar que as publicações em questão foram experimentos alternativos e comunitários, inserindo essas realidades em um dos principais meios impressos da região, que busca democratizar as informações, servindo de importante exemplo para outras cidades.
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