A MONITORIA NO ENSINO DE GRADUAÇÃO É REALMENTE APROVEITADA PELOS DISCENTES?

Resumo

Introdução: ​ A evasão/reprovação na componente curricular de Química Geral é
fonte de preocupação e pode estar vinculada a vários fatores tais como: problemas
sócio econômicos, falta de apoio pedagógico ou insegurança quanto a escolha do
curso. Vê-se na monitoria, uma ferramenta para favorecer o processo
ensino-aprendizagem, dos universitários, pois a mesma propicia um reforço no
estudo de química. A Unipampa aproveita discentes da educação superior como
monitores. ​ Objetivo: O objetivo da monitoria é a contribuição do monitor como
facilitador e intermediário no processo ensino-aprendizagem, compartilhando da sua
experiência. ​ Metodologia: O plano pedagógico educacional, conta com um grupo de
5 monitores, que submeteram-se ao projeto, desenvolvendo suas atividades no
primeiro semestre de 2018, em horários programados pelos próprios ​ monitores,
juntamente ao coordenador do projeto e ao NuDE (Núcleo de Desenvolvimento
Educacional), para discentes dos cursos de Licenciaturas, em Química e em Física,
Engenharia Química, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Energias, Engenharia
de Produção, Engenharia de Computação, devido a semelhança em suas ementas
curriculares. As atividades foram realizadas em salas de aula e a metodologia
baseava-se na interação entre monitores e os discentes da componente curricular,
com a interpretação e resolução de atividades propostas em sala de aula. As
interações em sala de aula podem favorecer a construção do conhecimento, pois a
troca de experiências é de grande importância na educação ​ e faz com que a
compreensão, dos conteúdos ministrados em sala de aula, se dê mais facilmente.
Resultados: No período supracitado, a procura pela monitoria ficou abaixo da
expectativa, apesar da ampla divulgação entre os discentes e docentes da
componente curricular. Os poucos discentes que procuraram pode-se observar
dificuldades tais como: identificar funções ácidos, bases, sais e óxidos; realizar
cálculos estequiométricos por meio de regra de três; aplicação da Lei de Hess e
cálculos de entalpias de formação, de combustão e de ligação, no conteúdo de termoquímica; eletrólise na eletroquímica e interpretação, retirada de dados e
aplicação de fórmulas nos exercícios de soluções. Essas dificuldades devem-se à
falta de embasamento em conteúdos prévios, como: ligações químicas e
conhecimento de cátions e ânions, mononucleares e polinucleares; grandezas
diretamente e inversamente proporcionais e algumas atividades de raciocínio lógico.
Conclusão: Considerando-se que a componente atende cerca de 300 alunos por
semestre e possui alto índice de reprovação, a procura pela monitoria não atingiu um
número expressivo de discentes. Este fato instiga ​ o pensamento de todos os
envolvidos neste propósito, pois o problema de evasão e reprovação existe, e
medidas foram tomadas, mas não surtiram o efeito esperado. Quando um discente
se encontra em uma situação de deficiência aprendizado, pode ocorrer a reprovação
e o abandono do curso, fatores que deixam educadores, bem como membros de
outros setores universitários, em uma posição preocupante e de extrema dificuldade
de reversão.
Palavras-chave:​ Monitoria; Evasão; Reprovação.