DANO MECÂNICO EM SEMENTES DE SOJA PELO TESTE DE HIPOCLORITO DE SÓDIO

Ana Carolina Silveira da Silva, ADRIELI ULRICH, Monike Ramires, Leticia Cantiliano

Resumo


A fase da colheita e beneficiamento é de extrema importância, pois é na qual sobressai os danos mecânicos devido ao manejo realizado nesta etapa e a partir desse processo é de onde irá ser determinada a qualidade das sementes de soja, mas, se manejados de forma incorreta poderá acarretar na redução da produção. As sementes de soja são muito sensíveis à danificação mecânica devido a sua morfologia. O teste de Hipoclorito de Sódio é um teste que pode ser realizado na fase da colheita ou trilha para definir a porcentagem de sementes danificadas pelo ato da mecanização e assim realizar a regulagem das máquinas evitando perdas, ou também no momento da recepção da semente na Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS), possuindo um baixo custo, é de fácil acesso e gera resultados rápidos. Diante do exposto, o trabalho foi realizado com o intuito de avaliar a porcentagem de dano mecânico oriundo do processo de colheita e pós-colheita, em amostras de sementes de soja informais. Este trabalho foi realizado no Laboratório de Analise de Sementes, do Instituto Biotecnológico de Reprodução Vegetal pertencente a URCAMP, no ano de 2016. Utilizaram-se amostras médias de sementes de soja provenientes de vinte lotes, sendo pegas ao acaso dez amostras da safra 2014/2015 e, dez da safra 2015/2016. Para verificação de dano mecânico foi utilizado o teste de hipoclorito de sódio (5,25%), com duas repetições de 100 sementes. A avaliação da qualidade fisiológica das sementes foi realizado por meio do teste de germinação de acordo com as Regras de Analise de Sementes- RAS com oito repetições de cinquenta sementes e, do teste de envelhecimento acelerado (41ºC; 48horas), com quatro repetições de cinquenta sementes, para avaliação do vigor. Na analise estatística dos dados, foi determinado o coeficiente de correlação linear de Pearson (r) entre o percentual de dano mecânico, a germinação, e o vigor bem como, a frequência relativa da ocorrência de dano mecânico nas amostras de sementes de soja em cada safra. Observa-se que os danos mecânicos das sementes de soja analisadas foram superiores a 10%, em sete das dez amostras analisadas na safra 2014/2015 e em oito das dez amostras analisadas na safra 2015/2016. O dano mecânico apresenta correlação negativa com a germinação e o vigor de sementes de soja. A maioria das amostras de sementes de soja analisadas apresentou elevado índice de dano mecânico não estando adequadas para uso como semente. Os danos mecânicos influenciam na qualidade fisiológica de sementes de soja.

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