CORPO LÚTEO CÍSTICO: RELATO DE CASO EM BOVINOS
Resumo
CORPO LÚTEO CÍSTICO: RELATO DE CASO EM BOVINOS
Introdução: Grande parte da infertilidade bovina é desencadeada por problemas nutricionais e erros manejo na criação, porém os cistos ovarianos são uma causa de infertilidade que vem aumentando sua incidência rapidamente. A causa básica dessas patologias da reprodução bovina vem a ser uma falha da hipófise, que acaba liberando uma quantidade de hormônio luteinizante (LH) insuficiente, para produzir a ovulação como também o adequado desenvolvimento do corpo lúteo. O corpo lúteo cístico em fêmeas da espécie bovina é definido como a iniciação de tecido luteínico proveniente de um corpo lúteo hemorrágico, contendo um fluído em uma cavidade central com diâmetro superior a 10mm. Contudo, há certa dificuldade em diferenciar os efeitos e diagnósticos entre corpo lúteo cístico e cisto luteínico. O termo corpo lúteo cístico assume condição de uma estrutura de função normal, enquanto que o cisto luteínico representa uma condição patológica. Objetivo: O presente trabalho possui como objetivo, relatar o caso de corpo lúteo cístico, já que o mesmo por palpação retal possui as mesmas características de um corpo lúteo normal, os quais são grandes edemaciados, sendo sua visualização possível somente pela ultrassonografia, por ovariectomia acompanhada de histopatológico, ou post-mortem. Metodologia: As peças do sistema reprodutor feminino bovino foram captadas no frigorífico Producarne, na cidade de Bagé, RS, e foram cuidadosamente transportadas ao laboratório de reprodução animal da Universidade da Região da Campanha, acondicionadas em caixas térmicas. No laboratório, as mesmas foram dispostas sobre mesa em posição anatômica e fisiológica, identificadas e avaliadas quanto a sua integridade, somente foram utilizadas peças íntegras. As peças foram dissecadas, pesadas e mensuradas. As anormalidades encontradas foram destinadas a histopatologia armazenada em solução de formol à 10%. Em uma das peças avaliadas foi encontrado um ovário medindo 3,43 por 2,74 cm, com peso de 6,59 g, com aspecto sugestivo de corpo lúteo cístico. A referida estrutura foi enviada ao exame histopatológico confirmando o caso de corpo lúteo cístico. Resultados: É de extrema importância determinar as possíveis diferenças entre corpo lúteo cístico e cisto luteinizado, já que assumem condição de normalidade e patológica, respectivamente. Os corpos lúteos císticos diferem-se dos cistos luteinizados pela existência de uma papila ovulatória em sua superfície, e também pelo fato de o tecido lúteo estar habitualmente separado da cavidade cística por uma camada delgada de tecido conjuntivo fibroso. Essa condição de normalidade estrutural e funcional pode estar presente no diestro. A cavidade cística pode variar de dez milímetros a mais de dois centímetros. Dentro da cavidade há um líquido com níveis baixos de estrógeno e que talvez este líquido seja composto por linfa ou soro sanguíneo. A presença de corpo lúteo cístico em fêmeas da espécie bovina não atrapalha, a ovulação ocorre e as matrizes continuam tendo ciclos estrais normais, e caso venha a ocorrer à concepção há a presença suficiente de tecido luteínico e progesterona para manter a gestação. Conclusão: O presente trabalho expõe características próprias de corpo lúteo cístico e possíveis diferenças entre os demais já citados, o que facilita no momento de definição pelo método de ultrassonografia.
Palavras-chave: Luteínico, ovulartório, progesterona.
Introdução: Grande parte da infertilidade bovina é desencadeada por problemas nutricionais e erros manejo na criação, porém os cistos ovarianos são uma causa de infertilidade que vem aumentando sua incidência rapidamente. A causa básica dessas patologias da reprodução bovina vem a ser uma falha da hipófise, que acaba liberando uma quantidade de hormônio luteinizante (LH) insuficiente, para produzir a ovulação como também o adequado desenvolvimento do corpo lúteo. O corpo lúteo cístico em fêmeas da espécie bovina é definido como a iniciação de tecido luteínico proveniente de um corpo lúteo hemorrágico, contendo um fluído em uma cavidade central com diâmetro superior a 10mm. Contudo, há certa dificuldade em diferenciar os efeitos e diagnósticos entre corpo lúteo cístico e cisto luteínico. O termo corpo lúteo cístico assume condição de uma estrutura de função normal, enquanto que o cisto luteínico representa uma condição patológica. Objetivo: O presente trabalho possui como objetivo, relatar o caso de corpo lúteo cístico, já que o mesmo por palpação retal possui as mesmas características de um corpo lúteo normal, os quais são grandes edemaciados, sendo sua visualização possível somente pela ultrassonografia, por ovariectomia acompanhada de histopatológico, ou post-mortem. Metodologia: As peças do sistema reprodutor feminino bovino foram captadas no frigorífico Producarne, na cidade de Bagé, RS, e foram cuidadosamente transportadas ao laboratório de reprodução animal da Universidade da Região da Campanha, acondicionadas em caixas térmicas. No laboratório, as mesmas foram dispostas sobre mesa em posição anatômica e fisiológica, identificadas e avaliadas quanto a sua integridade, somente foram utilizadas peças íntegras. As peças foram dissecadas, pesadas e mensuradas. As anormalidades encontradas foram destinadas a histopatologia armazenada em solução de formol à 10%. Em uma das peças avaliadas foi encontrado um ovário medindo 3,43 por 2,74 cm, com peso de 6,59 g, com aspecto sugestivo de corpo lúteo cístico. A referida estrutura foi enviada ao exame histopatológico confirmando o caso de corpo lúteo cístico. Resultados: É de extrema importância determinar as possíveis diferenças entre corpo lúteo cístico e cisto luteinizado, já que assumem condição de normalidade e patológica, respectivamente. Os corpos lúteos císticos diferem-se dos cistos luteinizados pela existência de uma papila ovulatória em sua superfície, e também pelo fato de o tecido lúteo estar habitualmente separado da cavidade cística por uma camada delgada de tecido conjuntivo fibroso. Essa condição de normalidade estrutural e funcional pode estar presente no diestro. A cavidade cística pode variar de dez milímetros a mais de dois centímetros. Dentro da cavidade há um líquido com níveis baixos de estrógeno e que talvez este líquido seja composto por linfa ou soro sanguíneo. A presença de corpo lúteo cístico em fêmeas da espécie bovina não atrapalha, a ovulação ocorre e as matrizes continuam tendo ciclos estrais normais, e caso venha a ocorrer à concepção há a presença suficiente de tecido luteínico e progesterona para manter a gestação. Conclusão: O presente trabalho expõe características próprias de corpo lúteo cístico e possíveis diferenças entre os demais já citados, o que facilita no momento de definição pelo método de ultrassonografia.
Palavras-chave: Luteínico, ovulartório, progesterona.
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