Teste de redução de OPG em potros da raça PSI

MÁRCIO JOSUÉ COSTA IRALA, Renata Borges Machado, Patrícia Eisenkramer, Tathiana Klasener, Guilherme Collares, Luciana Lins

Resumo


Os ciatostomíneos representam 80% ou mais da população total de Strongylideos dos equinos, sendo responsáveis por alterações clínicas ou subclínicas nos plantéis acometidos, desencadeando importantes prejuízos econômicos na equinocultura. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia de produtos anti-helmínticos, através do teste de redução de contagem de ovos (FECRT), em potros PSI. O experimento foi realizado na cidade de Bagé – RS, em um criatório de equinos da raça PSI, submetidos a manejo semi-extensivo de criação. Foram utilizados cinquenta potros com idade variando de seis a nove meses, que não apresentavam sinais evidentes de parasitose gastrointestinal. Realizou-se a coleta de fezes diretamente da ampola retal no dia zero (D0), sendo as amostras refrigeradas encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia da Universidade da Região da Campanha – URCAMP. As amostras foram submetidas ao exame de OPG e cultura de larvas. Na cultura de larvas, foi verificada apenas a presença de pequenos estrôngilos (ciatostomíneos). Baseado nos achados laboratoriais, os indivíduos foram separados em grupos de acordo com a contagem de OPG. O grupo controle (GC), com media de 720 ± 111,06 OPG; grupo um (G1) apresentou média de 1735 ± 601,41 OPG; grupo dois (G2), com média de 1165 ± 108,14 OPG; grupo três (G3), com média de 325 ± 127,48 OPG e grupo quatro (G4), com média de 305 ± 109,16 OPG. Cada grupo foi submetido a um diferente tratamento: G1 recebeu Ivermectina (0,2mg/Kg) por via oral (VO); G2 Moxidectina (0,4mg/Kg) VO; ao G3 foi administrado Mebendazol (6mg/Kg) associado a Triclorfon (35mg/Kg) VO e, por fim, o G4 tratado com Fembendazol (8mg/Kg) administrado por VO. O Gripo Controle (GC) não recebeu qualquer forma de tratamento. Após 14 dias da aplicação dos vermífugos, foi realizada nova coleta de fezes e novo OPG de todos os animais, onde foram observadas as seguintes médias: G1- 160±166,33; G2 - 40±80,97; G3 - 545±257,61; G4 - 305±109,16; GC - 1825±1593,9. O cálculo de redução da oviposição foi realizado através da fórmula proposta por Kochapakdee et. al (1995). Neste estudo, verificou-se redução de 90,78% no G1, 96,57% no G2, sendo que no G3 e G4 não houve redução. Conclui-se, portanto que, quinze dias posteriores à terapia anti-helmíntica, houve uma redução significativa na oviposição apenas nos grupos 1 e 2, evidenciando resistência da população de pequenos estrôngilos aos princípios ativos fembendazol (8mg/Kg) e à associação mebandazol e triclorfon (35mg/Kg).

                                                                                                                            

 

 

                                                                                


Palavras-chave


Equino, ciatostomíneos, parasitoses, anti-helmínticos.

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