A origem do Anglicanismo: Henrique VIII, a Igreja e o divórcio

TAINA ROSA, Andre Vinicius Jobim

Resumo


A Reforma Protestante é um tema histórico marcado por diversos debates historiográficos. É sobre um deles que iremos nos aprofundar nesta pesquisa: a ascensão do protestantismo na Inglaterra Tudor, através da criação de uma Igreja Anglicana independente do poder papal no século XVI. São três os nossos objetivos. O primeiro é contextualizar o período de formação do anglicanismo inglês. O segundo é discutir o mito de origem da Igreja Anglicana, pautado pela ideia de que sua criação deve-se simplesmente aos interesses matrimoniais do rei Henrique VIII, que, impedido pelo papa de se divorciar de sua esposa, teria "criado" uma nova religião, para se casar com outra mulher. O terceiro e último busca identificar de que modo o anglicanismo se organiza na atualidade. Para isso foi realizada uma análise do tipo descritiva e explicativa, cuja abordagem se deu a partir de discussões bibliográficas. Ao final do trabalho observamos que a Reforma Protestante ocorreu dentro do contexto de ascensão da burguesia, e que várias dessas novas religiões cristãs romperam com o ideal católico do pecado da usura, afirmando que as conquistas materiais do homem são os frutos do seu próprio trabalho. Também identificamos que há um equívoco na compreensão de que a Igreja Anglicana foi concebida como um simples desejo pessoal do rei da Inglaterra, mas que correspondeu às necessidades políticas e econômicas do reino de libertar-se das amarras impostas pela Igreja Católica, utilizando-se para isso das doutrinas que defendiam o Absolutismo Monárquico. Por fim, através de alguns exemplos discutidos no trabalho, verificamos que atualmente a Igreja Anglicana se apresenta como uma instituição religiosa relativamente aberta às questões do nosso tempo.


Palavras-chave


Reforma Protestante, Anglicanismo, Henrique VIII

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