A FORMA DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS E O CONHECIMENTO DOS USUARIOS DO SUS

JULIA CUNHA DUTRA, RENATA DE FRANCO FAGUNDES, MÁRCIA GRAZIANE OLIVEIRA DA FONSECA, GEOVANA KVIECINSKI MADEIRA, ELIANE SOARES TAVARES

Resumo


O tema deste artigo se refere ao descarte de medicamentos, com ênfase ao conhecimento da população sobre os danos causados e o descarte de medicamentos vencidos realizado diretamente pelo usuário. Analisando o grande índice de contaminação do meio ambiente por medicamentos e sua toxidade aos demais seres, que optamos por avaliar o conhecimento da população sobre os riscos de descarte incorreto e forma como eliminam os medicamentos vencidos. Com base nisso, elaboramos um questionário que foi respondido aleatoriamente pelos que adquiriam medicação em uma farmácia básica no município de Bagé, a partir deste com o objetivo de mapear o objeto de estudo e descrever as características do comportamento da amostra escolhida, foi realizado um estudo exploratório e descritivo, avaliando de forma quantitativa esta amostra. O resultado encontrado analisou 50 questionários, que destes 34% eram homens e 66% mulheres, com idades variadas entre 26 a 35 anos, representando 32%, seguido de 22% acima de 55 anos, 16% para as faixas etárias entre 18 a 25 anos e 36 a 45 anos, e 14% para os usuários entre 46 a 55 anos. Verificamos que 92% dos abordados possuíam algum medicamento em sua residência, e que 76% costumava verificar a validade destes. Da amostra avaliada, 66% disseram ter algum conhecimento sobre os riscos de descartar indevidamente os medicamentos, ainda assim, 50% dos usuários disse fazê-la no lixo comum, 30% procuram entregar a instituições de saúde, 8% entregam a Vigilância Sanitária, 8% utilizam o vaso sanitário para realizar o descarte, enquanto que 2% dispensam na pia/tanque e 2% utilizam o medicamento mesmo depois de vencido. O que pode causar danos ao meio ambiente e as pessoas que venham a ter contato com estes produtos. Este hábito foi justificado por alguns entrevistados pelo fato de não terem conhecimento da forma correta sobre o descarte e também do local apropriado em que possa ser feita a entrega do medicamento para que estes tenham um devido fim, além disto, alguns usuários apesar de terem estas informações alegam encontrar dificuldades para realizar corretamente o descarte de medicamentos. Com os resultados, consideramos que a maioria dos abordados tem informação de que deveriam optar por uma maneira correta de descarte de medicamentos, mas que devido a inúmeros fatores como, por exemplo, a dificuldade ao acesso ao local correto de descarte, não o fazem. Isto evidencia a necessidade de incentivo a educação ambiental, para permitir a ampliação das percepções dos usuários e também mudanças de atitude frente a esta problemática.


Palavras-chave


descarte de medicamentos; educação ambiental; medicamentos vencidos.

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