RELAÇÃO ENTRE TABAGISMO PASSIVO E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Resumo

O fumante passivo é aquele que, não sendo fumante por vontade própria é obrigado a respirar o ar que contém as substâncias do tabaco em diferentes ambientes (abertos ou fechados), e possui um risco 30% maior de morrer por doenças cardiovasculares ou por câncer de pulmão do que quem não está exposto diariamente à fumaça do cigarro. O objetivo desta pesquisa foi analisar e refletir através da literatura os agravos respiratórios decorrentes do tabagismo passivo. Foi realizada uma revisão bibliográfica através da análise de15 artigos no mês de junho/2016. A coleta de dados foi feita através de sites de busca como LILACS, SCIELO, Revistas Eletrônicas e sites universitários.

Observou-se que muitos estudos citam o tabagismo passivo como sendo a terceira maior causa de morte evitável no mundo. Os fumantes inalam 25% da fumaça dos cigarros e o restante é lançado no ambiente. Essa fumaça é inalada pelos não fumantes e contém, em média, três vezes mais nicotina, monóxido de carbono, e cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas.

A faixa etária mais atingida por doenças pulmonares decorrentes do tabagismo passivo é crianças menores de cinco anos, pois são mais vulneráveis aos efeitos nocivos do fumo por respirarem mais rapidamente e acabarem inalando uma maior quantidade de substâncias químicas danosas aos pulmões por quilograma de peso corporal. Além disso, o aparelho respiratório dessas crianças está menos desenvolvido, o que as torna mais suscetíveis às infecções.

Em um estudo de caso analisado verificou-se que as crianças apresentam mais tosse, infecções virais e estão mais propensas a sofrer infecções do trato respiratório superior e do inferior pela exposição ao tabaco passivo.

As doenças respiratórias relacionadas ao tabagismo passivo encontradas no presente estudo foram: Infecção Respiratória Aguda (Rinite e Sinusite), Bronquite, Asma, Pneumonia, Tuberculose, Enfisema Pulmonar e Câncer de Pulmão. Existem em torno de 50 doenças relacionadas ao fumo passivo, podendo atingir não só o sistema respiratório como também os sistemas cardiovascular e geniturinário.

É importante citar que em alguns estudos envolvendo as questões socioeconômicas de determinadas populações mostrou-se que as famílias de menor poder aquisitivo possuem mais fumantes e por consequência, uma população maior de crianças com problemas respiratórios.

Sabe-se que o tabagismo não afeta somente o organismo humano, pois quando a fumaça é liberada no ambiente ela acaba espalhando suas substâncias tóxicas pela atmosfera, poluindo o ar. Além disso, os filtros do cigarro jogados no chão levam cem anos para se decompor, e quando acumulados em lugares impróprios como bueiros, rios, arroios, entre outros, vem a ser um fator que contribui para as enchentes, além de outros danos provocados ao meio ambiente. Desta forma o tabagismo torna-se um grande problema de saúde pública da atualidade, tanto para os indivíduos como para o ambiente.