AVALIAÇÃO DE VIGOR EM SEMENTES DE CHIA (Salvia hispanica L.)

Diéli Witte Maass, Géri Eduardo Meneghello, Marjana Schellin Pieper, Vinícius Ludwig Heling, Raimunda Nonata Oliveira da Silva, Ireni Leitzke Carvalho

Resumo


A chia (Salvia hispanica L.) é uma planta anual pertencente à família das Lamiaceae, ainda que seja uma cultura milenar, sua redescoberta é recente, graças às suas propriedades nutricionais, intensificando assim seu uso, apresenta boas características de adaptabilidade a diferentes sistemas de cultivo e condições edafoclimáticas, além de sofrer reduzidos ataques de pragas e doenças que danificam suas folhas e sementes, características essas, essenciais para introdução de uma nova cultura. Para conhecer a qualidade fisiológica de um lote de sementes objetivando a semeadura, armazenamento e comercialização, é necessário que as análises sejam realizadas conforme os procedimentos padronizados, no entanto, não existem metodologias específicas para a realização de testes de vigor em sementes de chia. Assim, objetivou-se nesse trabalho adequar metodologias de condutividade elétrica, envelhecimento acelerado e teste de frio para avaliação do vigor em sementes de chia. Para cada um dos testes, realizou-se um experimento independente, sendo utilizado para cada, um conjunto de seis lotes de sementes de chia, que foram avaliadas utilizando-se os testes de germinação, emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência. Procurou-se selecionar lotes semelhantes entre si quanto a germinação e distintos quanto aos demais testes utilizados para a caracterização inicial. Para condução do teste de condutividade elétrica foram utilizados quatro sub amostras de 100 sementes, variando-se a quantidade de água (25 e 50 mL) e leituras realizadas após 1, 3, 5, 7 e 24 horas de embebição, a 20ºC. O teste de envelhecimento acelerado foi realizado pelo método tradicional, com água, utilizando-se 1g de sementes por gerbox que ficaram expostas por 30, 40, 50 e 60 horas na temperatura de 41ºC, posteriormente foram submetidas ao teste de germinação, com contagem única realizada no sétimo dia. Para o teste frio utilizou-se 400 sementes, divididas em oito sub amostras de 50 sementes semeadas em caixas plásticas do tipo gerbox, submetidas a temperaturas de 6°C e 10°C por 3, 5 e 7 dias, após esses períodos, as mesmas foram colocadas para germinar à 20°C e a contagem realizada no sétimo dia. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado. As médias foram submetidas análise de variância e posteriormente comparadas pelo teste de Tukey a 5%.  De acordo com os resultados obtidos observou-se que o teste de condutividade elétrica foi eficiente para ranquear os lotes a partir de 2 horas de embebição utilizando-se 25 ml de água e após sete horas com 50 ml. No teste de envelhecimento acelerado observou-se diferenças significativas a partir de 50h de exposição das sementes a 41ºC. O teste de frio nas condições testadas não se mostrou eficiente, pois o desempenho das sementes foi semelhante ao observado no teste de germinação. Portanto, conclui-se que nas condições estudadas: a) O teste de condutividade elétrica é eficiente para avaliação do vigor em sementes de chia utilizando-se 25 mL de água por duas horas de embebição e 50 ml por 7 horas; b) O teste de envelhecimento acelerado é capaz de estratificar lotes de chia quanto ao vigor com 50 h de exposição das sementes a 41ºC e; c) O teste de frio não apresentou robustez nas condições testadas para a separação de sementes de chia quanto ao vigor.

 


Palavras-chave


condutividade elétrica, envelhecimento acelerado, teste de frio.

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