Coleta de Sêmen em Suínos
Resumo
Introdução: Atualmente a suinocultura vem alavancando a produção animal mundial. Através de biotécnicas de transferência de tecnologia como a inseminação artificial utilizando material genético superior é possível desenvolver maior produção, aumentando a rentabilidade para o setor. A fim de manter o elevado mérito genético dos reprodutores é essencial à renovação constante destes para acompanhar a evolução genética das linhagens, para tanto, esses animais permanecem na central de coleta de sêmen, somente até completarem 30 meses de idade. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar a rotina durante a coleta de sêmen e os exames de análise morfológica e motilidade espermática, realizados em central disseminadora de material genético suíno. Metodologia: Para tanto, foi realizado o relato do acompanhamento da coleta e exames complementares no sêmen de suínos utilizado em uma central localizada na Região do Vale do Taquari. Resultados:Para iniciar o procedimento de coleta, o reprodutor é conduzido para gaiolas, sendo estimulado a montar em manequim, onde o pênis do cachaço é fixado a uma vagina artificial, assim possibilitando a realização de auto coleta, reduzindo a contaminação do ejaculado. O sêmen é mantido em temperatura de 37ºC, com condições apropriadas de higiene, utilizando materiais esterilizados. São disponíveis na central 170 cachaços com distintas linhagens genotípicas, as coletas são realizadas durante quatro vezes semanais, sendo que cada reprodutor obtêm intervalo de quatro a cinco dias entre cada coleta. As avaliações de rotina consistem em análises macroscópicas e microscópicas, como volume seminal, coloração, motilidade, vigor, pH, grau de aglutinação, índice de sobrevivência e normalidade de sêmen de cada reprodutor. As amostras fora dos padrões de uso são descartadas, mantendo reprodutor sob observação. Após realização da coleta e das análises seminais, o sêmen é diluído através de compostos químicos com finalidade de conservar células espermáticas, resfriado é encaminhado para conservadora, sendo mantido em temperatura de 16º a 18ºC, logo após o material genético é encaminhado para produtores de distintas regiões do estado do Rio Grande do Sul. Para assegurar-se do manuseio correto e eficaz no transporte das doses, é encaminhada dose experimental, a mesma realiza o percurso de destino das demais, porém, retorna a central de coleta para análises seminais. Conclusão: Tem-se que, o êxito da técnica de inseminação artificial está potencialmente relacionado aos cuidados realizados durante a coleta, aos exames complementares, capacidade do diluente em conservar os espermatozoides em condições adequadas e estocagem do sêmen. Desta maneira, através do monitoramento periódico e análises seminais produzidas em centrais de disseminação de material genético, é possível distribuir sêmen livre de agentes patógenos específicos que podem ser transmitidos a fêmeas receptoras, oportunizando maior rentabilidade na suinocultura.
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