A Síndrome de Burnout em Enfermeiros de Pronto Atendimento
Resumo
Introdução: O enfermeiro de pronto atendimento é o primeiro profissional a entrar em contato com o paciente, familiares e até mesmo com veículos de segurança e de comunicação em casos de crimes e grandes eventos acidentais, acolhendo, ouvindo suas queixas e muitas vezes seu descontentamento com o sistema de saúde que lhe é ofertado, principalmente, em prontos atendimentos públicos, onde a falta de verbas compromete muito a qualidade dos serviços prestados. Além de jornadas extensas, equipes despreparadas, o estresse presentes na vida laboral desse profissional, podem acarretar sérios danos á saúde física e principalmente mental desse indivíduo tão importante. Objetivos: O objetivo geral deste estudo foi identificar os fatores que levam o profissional enfermeiro que atua em pronto atendimento a vir desenvolver a Síndrome de Burnout. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, operacionalizada por meio do acesso de artigos publicados no período de 2012 a 2017, indexados nas bases de dados: Scielo (Scientific Eletronic On-line) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) utilizando os seguintes descritores: “Burnout” “Enfermeiro” “Pronto atendimento”. Optou-se por estas bases de dados pelo qualiquantitativo de publicações que abarcam. A partir da busca obteve-se 9 artigos, sendo eliminados três por motivo de repetição e dois por não apresentarem texto completo online, totalizando 4 registros. Resultados: Os resultados encontrados identificam inúmeros fatores que predispõe o enfermeiro de pronto atendimento a desenvolver a síndrome, tais como: estresse da rotina diária, jornadas duplas de trabalho, número insuficientes de profissionais, faltas de recursos e matérias para uma correta assistência ao cliente e até mesmo o uso desnecessário da rede de pronto atendimento pela população, gerando uma sobrecarga dessas unidades. Sendo o enfermeiro o primeiro profissional a entrar em contato com o paciente, muitas vezes ele enfrenta inclusive agressões verbais e em casos extremos até mesmo agressões físicas dos pacientes e/ou acompanhantes levando em conta o nervosismo de ver algum ente em processo de sofrimento, o que acarreta medo, pânico e ansiedade nesses profissionais e vem a se somar aos fatores que predispõe a poder desencadear a síndrome. Conclusão: Conclui-se que são inúmeros os fatores presentes que podem levar ao enfermeiro de pronto atendimento a vir apresentar a Síndrome de Burnout, sendo necessário investir em qualidade na saúde, iniciando por ambientes adequados, seguros e ergonômicos de trabalho para comportar esses profissionais, numero suficiente de funcionários qualificados na área, provento de materiais adequados e em número satisfatório para a jornada de trabalho e na educação da população para o correto uso dos serviços de pronto atendimento, evitando assim a sobrecarga desnecessária do serviço e de seus profissionais. Torna-se prioritário oferecer assistência psicológica para esses profissionais que lidam todos os dias com doenças, traumas, estresse no trabalho e ainda convivem diariamente com o retrato da violência presente no mundo atualmente estampadas no rosto de seus pacientes.
Palavras Chave: Enfermeiro; Pronto atendimento; Burnout.
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