USO DA MULETA DE THOMAS ADAPTADA EM UM EQUINO COM FRATURA DE FEMUR – RELATO DE CASO

LUIZ FELIPE VARGAS LOPES, Luciana Araújo Lins

Resumo


Introdução: Agressões envolvendo tecido ósseo em equinos são geralmente consideradas situações emergenciais. Fraturas em regiões proximais dos membros, envolvendo uma grande massa tecidual, tornam o tratamento difícil e, consequentemente, o prognóstico desfavorável. O uso da muleta de Thomas como terapia auxiliar em fraturas proximais é bastante utilizado em pequenos animais. Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever o uso da Muleta de Thomas como terapia auxiliar pós-operatória em um potro apresentando fratura de fêmur. Material e Métodos: Foi encaminhado ao HCV-URCAMP, um potro macho de aproximadamente três meses de idade, da raça Crioula, com fratura diafisaria da porção distal do fêmur. Após avaliação clinica e radiológica, o mesmo foi submetido a fixação cirúrgica da fratura. Na avaliação radiológica, foi observado que a fratura era cominutiva. A fixação cirúrgica foi realizada com a aplicação de dois fios de kirschner transmedulares para a aproximação dos fragmentos principais e fixação auxiliar, com auxílio de hemi-cerclagem e 2 parafusos lag, para a aproximação dos fragmentos secundários. Após, foi feito uma muleta de Thomas, previamente moldada de acordo com estrutura física do animal, utilizando ferro e espuma para a forração. Após a aplicação da muleta, o animal foi suspenso em talha e mantido até a consolidação da fratura. No pós-operatório foi utilizado antibioticoterapia a base de Penicilina G procaína (22.000 UI/kg) IM SID durante sete dias e anti-inflamatório Fenilbutazona (2.2mg/kg) IV SID por cinco dias, além de suplementação com Carbonato de Cálcio (30g/animal) VO diariamente e suporte de acordo com as necessidades apresentadas. Resultados: Após três meses de avaliação radiológica foi evidente a consolidação da fratura, caracterizada por formação de calo fibroso. A muleta de Thomas foi de fundamental importância na recuperação do individuo, pois manteve o membro imobilizado, proporcionando maior estabilidade para as faces reduzidas da fratura, bem como fragmentos ósseos de difícil consolidação, evitando desta forma que a fixação cirúrgica se deslocasse. Foi retirada a suspensão pela talha no segundo mês de imobilização, fazendo com que o animal apoiasse apenas na muleta, o que permitiu o apoio do membro afetado, atrasando o aparecimento de atrofia muscular ou osteopenia por desuso. Após quatro, meses o equino obteve a alta clinica com a completa recuperação. Conclusão: A muleta de Thomas foi eficaz em estabilizar a fratura em um equino após fixação cirúrgica.

Palavras-chave


Potro; fratura; muleta de Thomas adaptada.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.