CONTROLE BIOLÓGICO DO CARRAPATO BOVINO Rhipicephalus (Boophilus) microplus POR AVES ENCONTRADAS NO BIOMA PAMPA

STHÉPHANI ALVES BRANCO CAMARGO, TATIÉLEN HERNANDEZ SEVERO, MARIANA BRASIL VIDAL

Resumo


Introdução: Sabidamente a pecuária é um dos principais pilares da economia do Brasil e principalmente do Estado do Rio Grande do Sul, onde tem grande expressão devido a cultura da região. Sendo assim, a sanidade animal é de suma importância para a manutenção da bovinocultura. O controle do carrapato bovino Rhipicephalus (Boophilus) microplus se faz necessário para evitar prejuízos na cadeia leiteira, na produtividade de carne e qualidade do couro, também protegendo de patologias como a Tristeza Parasitária Bovina, a qual tem alta taxa de mortalidade e morbidade entre os bovinos. O controle biológico do carrapato bovino é uma alternativa viável, por ser econômica, sustentável e ecologicamente correta, e tem ganhado força levando em consideração o panorama atual da resistência progressiva deste parasito aos medicamentos. No pampa gaúcho além de fungos, nematódeos, vírus e bactérias as aves migratórias também possuem a atribuição de predação natural do Rhipicephalus (Boophilus) microplus, tais como o Anu, Chimango, Garça Vaqueira e a Galinha Doméstica. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi elucidar sobre conhecimentos já trabalhados de alternativas ecológicas para o controle do carrapato, com o uso de aves migratórias existentes no Bioma Pampa. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em livros e acervos digitais renomados, que relatam os hábitos alimentares de algumas aves migratórias presentes no Bioma Pampa e a relação destas como possíveis predadores naturais do carrapato dos bovinos. Resultados: A partir das referências pesquisadas foi possível comprovar que estas aves atuam efetivamente no controle biológico do carrapato, visto que nas bibliografias consultadas foram realizadas necropsias e na análise dos conteúdos estomacais, obteve-se uma média de 122 carrapatos no estomago da espécie Chimango, 132 nas garças vaqueiras e 81 na galinha doméstica. Conclusão: O controle biológico do carrapato por aves que migram ou que estão presentes no Bioma Pampa, é efetivo e constatado. Este controle faz-se necessário justamente pela resistência deste parasito aos carrapaticidas, o que tem causado prejuízo aos pecuaristas que gastam cada vez mais em medicamentos e que se forem conciliados com o controle natural podem surtir maior efeito. Sendo assim nas propriedades onde há presença destas aves os índices de carga parasitária em hospedeiros como os bovinos, poderão ser relativamente menores.

Palavras-chave: parasitismo, carrapato do boi, relação ecológica.


Palavras-chave


parasitismo, carrapato do boi, relação ecológica.

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