USO DA AROMATERAPIA NO TRATAMENTO DA DISMENORRÉIA
Resumo
Introdução: A dismenorreia ou mais popularmente conhecida como cólica menstrual que acomete mulheres desde a adolescência até a vida adulta, é o quadro clínico que envolve uma série de queixas dolorosas, entre as quais, as dores em cólica no baixo ventre, além de outros desconfortos extragenitais no organismo da mulher. Na maioria dos casos o tratamento convencional é o uso dos antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), os quais podem levar a distintas reações adversas e em alguns casos ocorre a não adesão dos pacientes em relação a medicamentos. Alguns estudos experimentais têm encontrado métodos como a aromaterapia, método enquadrado como uma terapia alternativa eficaz para a dismenorreia. Objetivo: Este estudo teve como objetivo realizar uma análise comparativa da eficácia do tratamento da dismenorreia com a aromaterapia, com base em publicações do banco de dados PubMed. Metodologia: Através de uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PUBMED, foram sendo selecionados artigos com o método de estudo "ensaios clínico", sendo utilizados os termos chaves "aromaterapia" e "dismenorreia", e considerando publicações entre os anos de 2006 até 2016. Ao todo a busca bibliográfica resultou em 11 publicações, entretanto três estudos tiveram que ser excluídos, um por envolver condições diferentes do tema analisado e outros dois por puxarem artigo de revisão de literatura. Resultados: Dos oito (08) artigos incluídos no estudo, todos tiveram como público-alvo mulheres jovens com idade superior a 18 anos. Os estudos envolveram como método de análise de dor a escala analógica visual (Visual Analogue Scale - VAS). A forma de aplicação da aromaterapia foi através de massagens e inalações, sendo que, ambas as formas de uso demonstraram eficácia. Os resultados obtidos mostraram que a aromaterapia leva um efeito positivo para o alívio da dor e demais sintomas apresentados durante a dismenorreia, de maneira idêntica ou superior, em comparação aos grupos controles, e nenhum dos estudos mostrou ser ineficiente o seu emprego. Conclusão: Diante do exposto foi possível observar que o uso de óleos essencias representa uma alternativa bem eficaz no tratamento para as mulheres que não são aderentes aos tratamentos com AINEs. É recomendável que essa terapia esteja mais divulgada para a população, pois muitas pessoas ainda desconhecem essa prática, mesmo sendo ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas nem todos os estados e municípios possuem estrutura para disponibilizar as mesmas. Nesse contexto, convém ressaltar a importância do profissional farmacêutico, o qual é habilitado para realizar este tipo de técnica.
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