ENFERMIDADES NOTIFICADAS AO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL NO 1º SEMESTRE DE 2017, NOS MUNICÍPIOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL

Rodrigo Vaz da Silva, Amanda Da Rosa Rosado, Igor Ostwald Lunardi, Marcos Rodrigues Vieira, Bruno Henrique Ramos Paim, Adriana Lucke Stigger

Resumo


Introdução: A Instrução Normativa nº 50/2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) regulamenta a obrigatoriedade de notificação de doenças nela contidas, que deverá ser feita por qualquer cidadão, profissional da área ou não, as informações dos municípios são repassadas semanalmente pelas Inspetorias de Defesa Agropecuária ao Serviço de Epidemiologia e Estatística, e posteriormente ao MAPA, essa é uma ferramenta essencial no âmbito epidemiológico, pois possibilita o rastreamento e a contenção de uma possível enfermidade. A fronteira oeste possui um rebanho de mais de 13 milhões de bovinos, 3 milhões de ovinos, e 500 mil equinos, é uma importante região do Rio grande do Sul para os setor econômico e cultural relacionados com as atividades da pecuária. De acordo com índices pesquisados o número de ocorrências informadas é baixo diante do tamanho dessa população, sendo maior a probabilidade de ocorrência de enfermidades. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi destacar os baixos números de notificações informadas ao serviço de defesa sanitária animal nos municípios da fronteira oeste. Metodologia: O presente trabalho buscou contabilizar as notificações comunicadas ao serviço veterinário oficial durante o período de 01 janeiro a 30 de junho de 2017, contidas nos arquivos da Seção de Epidemiologia e Estatística da Secretaria Estadual da Agricultura Pecuária e Irrigação. Resultados: Das 331 notificações do período, 20 (6,04 %) corresponderam aos municípios de Santa Margarida do Sul, Itaqui, São Borja, Quaraí, São Gabriel, Santana do Livramento, São Francisco de Assis. Dessas 20, 11 (55 %) foram da espécie equina, 7 (35 %) foram da espécie ovina , 2 (10 %) foram da espécie bovina. As enfermidades notificadas foram 10 casos de Anemia Infecciosa Equina (50 %), 7 casos de Sarna ovina (35 %), as demais enfermidades foram Brucelose, Raiva Herbívora e Mormo (suspeita não confirmada) com 1 caso de cada (15%). Conclusão: Observou-se que não ha uma comunicação efetiva por parte de criadores e técnicos, das enfermidades ocorridas, causadoras de um número elevado de óbitos, bem como na diminuição da produção, das propriedades rurais, sendo a maioria dessas notificações realizadas por laboratórios credenciados. Essa é uma característica peculiar da região fronteira oeste, sugere-se então que a educação sanitária através do apoio de instituições de ensino, sindicatos, associações, meios de comunicação, envolvendo a comunidade, seja uma forma de conscientização, para que as informações possam chegar aos setores responsáveis pelas investigações de enfermidades, evitando assim o surgimento e a propagação de doenças.


Palavras-chave


notificações, epidemiologia, educação sanitária

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