PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ESCOLARES OBESOS E NÃO OBESOSCrianças, obesidade, postura.
Resumo
Introdução: Muitos problemas posturais em especial aqueles relacionados com a coluna vertebral, têm sua origem no período de crescimento e desenvolvimento corporal, ou seja, na infância e na adolescência. Durante essas fases, os indivíduos estão sujeitos a comportamentos de risco para a coluna, a inatividade física também relacionada a hábitos posturais inadequados, como sentar de maneira incorreta, utilização de mochilas, postura sentada no âmbito escolar e também passar muitas horas frente à televisão são alguns exemplo. A obesidade está relacionada a várias doenças cardiovasculares e metabólicas, e a maioria das pesquisas têm voltado sua atenção apenas para esta associação, no entanto, há uma relação do excesso de gordura com alterações musculoesqueléticas, por tais motivos torna-se necessário identificar a prevalência dessas alterações que futuramente podem comprometer a qualidade de vida na infância ou na vida adulta. Considerando essas condições degenerativas na coluna do adulto, torna-se necessário estabelecer mecanismos de intervenção preventiva durante a infância, período no qual o indivíduo está em fase de desenvolvimento e ainda é possível atuar contra a ação das alterações músculos esqueléticos de forma mais eficaz. Objetivo: Para tanto este estudo tem como objetivo identificar a prevalência de alterações músculos esqueléticas em crianças obesas e não obesas. Metodologia: O estudo foi realizado pelos acadêmicos de Fisioterapia e Nutrição na EMEF José Otávio Gonçalves na cidade de Bagé/RS, onde foram avaliados escolares de 1ª à 5ª série. Sendo realizado uma avaliação postural não invasiva em vistas anteroposterior, posteroanterior e lateral, com paciente em ortostase, dorso desnudo, descalço e com vestimenta apropriada. Os resultados da mesma foram utilizados a fim de preencher uma ficha de avaliação, está usada com o intuito de registrar tal parâmetros dos alunos. Também foram averiguados peso e altura, a pesagem foi realizada com alunos descalços, vestindo roupas leves, seguindo as normas de avaliação antropométrica com auxilio de uma balança digital. A aferição da estatura foi feita utilizando uma fita métrica comum de 2m de altura fixada a uma parede sem rodapé, afastada 50 cm do chão. Os resultados de peso/estatura foram realizados individualmente com base na avaliação do estado nutricional, obtido pelo programa WHO AnthroPlus, com base nos dados, os alunos foram classificados como obesos e não obesos. Tais dados foram obtidos após assinatura do termo de livre consentimento. Resultados parciais: Até o momento atual da pesquisa foram analisados o estado nutricional de 82 crianças, sendo 39 meninas, destas 27 (69,23%) apresentam sobrepeso e/ou obesidade; quanto aos meninos de um total de 43 avaliados, 25 (58,18%) estão com sobrepeso e/ou obesidade. Considerações finais: Com os resultados obtidos até o momento é possível verificar que do total de 82 crianças avaliadas, 52 (63,41%) apresentam sobrepeso e/ou obesidade, um número excessivo para indivíduos em fase escolar que estão sujeitos a alterações na postura por conta do sobrepeso. O estudo revela o quão importante seria educar e informar professores, pais e responsáveis por estas crianças sobre a maneira correta de realizar as atividades de vida diária, posturas adequadas, importância de ter uma alimentação saudável e acompanhamento com profissionais da saúde, a fim de minimizar as alterações músculos esqueléticas e agravos gerados pela obesidade.
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