A IMPORTANCIA DA CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS SOBRE A LINGUAGEM DE SINAIS

MARIA ALCENI MOREIRA DE SOUZA, CRISTIANO PINTO DOS SANTOS, ANA CATIA TORBES AVILA DE MORAES, Fernanda Perters Esau, Gisele Rodrigues, Maria Jussara Ribeiro dos Reis

Resumo


Introdução: A Organização Mundial de Saúde, afirma que 28 milhões de brasileiros possuem algum tipo de problema auditivo, o que revela um quadro no qual 14,8% do total de 190 milhões de brasileiros, possuem problemas ligados à audição. É considerada deficiência auditiva a pessoa que possui: Perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz. No que se refere à idade, cerca de 1 milhão de deficientes auditivos são crianças e jovens até 19 anos. Foi revelado que mais da metade dos deficientes auditivos moram em áreas urbanas. No setor da saúde, encontram-se problemas no atendimento das pessoas surdas, pois muitas vezes, esses indivíduos não têm acompanhante ou familiar para informar suas necessidades tendo que ir sozinhos aos hospitais e outros locais de assistência, encontrando profissionais desprovidos de capacitação para a comunicação sinalizada dos deficientes, tornando necessária a conscientização desses profissionais para o cuidado diferenciado adquirido com o auxílio da linguagem de sinais. Objetivo: Sensibilizar os profissionais de enfermagem quanto a importância da capacitação em linguagem de sinais durante a sua formação. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, desenvolvida por meio do acesso de artigos publicados no período de 2011 a 2016, indexados nas bases de dados: Scielo (Scientific Eletronic On-line) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) utilizando os seguintes descritores: “linguagem de sinais” “enfermagem” e “surdez,” separadas pelo operador booleano “and”. Optou-se por estas bases de dados por conterem maior diversidade e qualidade de material. A partir da busca obteve-se 6 artigos, registros disponíveis em texto completo online. Resultados: A literatura aponta que a falta de conhecimento ou insuficiente acerca da linguagem de sinais pelos profissionais de saúde acarreta sensação de temor e preconceito por parte dos profissionais, evidenciando uma resistência na aceitação e desprezo às suas privações, tornando a população surda vulnerável a todos os tipos de doenças pela falta de comunicação. Neste contexto, a capacitação de recursos humanos é imprescindível para se estabelecer uma comunicação eficaz com o paciente, possibilitando que o profissional entenda as suas necessidades, uma vez que uma comunicação inadequada pode levar a erros no diagnóstico das doenças e, consequentemente, no tratamento. Conclusão: Percebe-se que a comunicação prejudicada constitui uma barreira para a promoção de saúde e que profissionais e unidades de saúde não estão capacitados para acolher e atender às necessidades de saúde da pessoa surda, a necessidade pela busca por capacitação dos profissionais de saúde no que tange à potencialização dos instrumentos utilizados nos processos de comunicação com esta demanda específica, oportunizando equidade e universalidade de acesso aos serviços de saúde.


Palavras-chave


Linguagem de sinais, Enfermagem, surdez

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