A SEGURANÇA DO PACIENTE EM AMBIENTE HOSPITALAR E O PAPEL DO ENFERMEIRO ASSISTENCIAL
Resumo
Introdução: A complexidade dos serviços de saúde, a fragilidade na comunicação entre os profissionais, a falta de conhecimento, a incorporação de novas tecnologias, dentre outras, tem sido responsáveis pelos riscos adicionais na prestação do cuidado com segurança. Entretanto a educação permanente do profissional enfermeiro, articulada entre as dimensões gerencial e assistencial contribuem para a redução destes eventos adversos. Objetivo: Caracterizar a produção científica da enfermagem brasileira sobre segurança do paciente em ambiente hospitalar. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, operacionalizada por meio do acesso de artigos publicados no período de 2012 a 2017, indexados nas bases de dados: Scielo (Scientific Eletronic Online) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) utilizando os seguintes descritores: “segurança do paciente” “enfermeiro” e “hospital”. Optou-se por estas bases de dados por conterem maior diversidade e qualidade de material. A partir da busca obteve-se 27 artigos, sendo eliminados três por motivo de repetição, totalizando 24 registros disponíveis em texto completo online. Resultados: Os estudos publicados sobre formas de o enfermeiro atuar/intervir na segurança do paciente, nesta pesquisa, apresentaram o seguintes resultados: evidências científicas mostram que os enfermeiros possuem maior qualificação profissional, contribuindo com decréscimos significantes no tempo de permanência nas instituições e na mortalidade dos pacientes, pois são os principais responsáveis pela incorporação de práticas seguras e identificação dos riscos mecânicos, físicos, clínicos, assistenciais e institucionais. Foi observado que nos riscos físicos, o objeto externo ao entrar em contato com o corpo transforma-se em processo interno, tornando-se motivo de preocupação dos profissionais no cuidado direto ao paciente. Nos riscos mecânicos, por sua vez, destaca-se o risco de queda do leito que é considerado um dos mais preocupantes no contexto hospitalar, causando fraturas e ferimentos. Nos riscos institucionais, destaca-se a sobrecarga de trabalho e as falhas na comunicação da equipe. Nos riscos clínicos, as preocupações estão voltadas para eventos como choque hipovolêmico, queimaduras e hemorragias. Os enfermeiros assistenciais são os profissionais mais adequados para a promoção da segurança devido a sua constância e proximidade com o paciente, porém requer que o dimensionamento de pessoal seja efetivo e que os mesmos adotem assistência ética e respeitosa, baseadas nas necessidades do paciente e da família, na excelência clínica e na melhor informação científica disponível, pois estes são princípios que fundamentam a qualidade da assistência. Conclusão: Instituir a cultura de segurança nos hospitais pode ter ligação direta com a redução da mortalidade e eventos adversos, resultando em melhorias na qualidade da assistência à saúde. O papel do enfermeiro assistencial é imprescindível na identificação dos riscos e incorporação de práticas seguras fundamentadas em evidências na instituição. Sucessivos esforços devem ser priorizados na prática, desde a alta direção aos profissionais da assistência direta, com o intuito de promover estrutura física e humana de qualidade que garanta comportamentos favoráveis à segurança do paciente.
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