BRAVO BRASIL - DOCUMENTÁRIO TRATA SOBRE INCLUSÃO NO ESPORTE

ANDERSON SOARES RIBEIRO, Glauber Pereira

Resumo


O documentário de curta duração “Bravo Brasil” surgiu através da oportunidade de entrevistar os membros da Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de 7, no período em que estiveram na cidade de Bagé, durante sua fase de treinamento para as Paralimpíadas do Rio de Janeiro 2016. Formado por atletas que possuem deficiências físicas e/ou mentais, a estada da seleção possibilitou levantar alguns temas importantes em debate, como a inclusão das pessoas consideradas com necessidades especiais, o tratamento da sociedade em relação a pessoas com deficiência, a possibilidade de poder ter uma vida incomum através do próprio esforço, ou seja, a meritocracia acima de qualquer benefício político-ideológico. Outro ponto importante que o documentário mostrou foi à fase de transição que os atletas estão passando, já que, diferente dos atletas da seleção brasileira de futebol de 11, os jogadores em questão ainda têm que ter trabalhos em paralelo ao esporte para poderem sobreviver. Consideramos que, apesar de estarem em uma situação de muito mais destaque do que a grande maioria considerada normal alguns atletas ainda têm um pouco de vergonha em assumir que apenas o Futebol de 7 não os sustenta. Ainda há preconceito, mesmo com as instituições negando e fazendo propaganda de cunho inclusivo. O trabalho inclui a aplicação mista das disciplinas de telejornalismo e de cinema. Linguagens que foram integradas a descrição num trabalho participativo que permitia mostrar o discurso dos personagens aliados à observação atenta do ambiente dos fatos, para construir um panorama da realidade descrita ao mesmo tempo em que permite identificar recursos contidos nas imagens e contextos. Ofereceu oportunidade revelar diferentes momentos do evento, como jogos, visitas e palestras entre técnicos e esportistas em ambientes acadêmicos. Pode-se comprovar isso com o tratamento que os cidadãos de Bagé tiveram com os jogadores. É claro que o público foi movimentado apenas por causa do incentivo institucional. Mesmo a seleção brasileira tendo um jogador eleito o melhor do mundo. Comparemos com o seguinte, se fosse a Seleção de Futebol de 11 com Neymar Júnior e equipe, provavelmente os acadêmicos nem teriam tido acesso aos jogadores. Do ponto de vista acadêmico, foram 21 dias de acompanhamento às atividades de treinamento, jogos e ações sociais dos membros da seleção. Além de exercitarem as técnicas de produção audiovisual dentro do gênero documentário, os alunos junto à orientação de professores, puderam desenvolver a crítica relação aos temas abordados durante as entrevistas, aumentando seu conhecimento sobre o assunto e, por conseguinte, conseguindo transmitir uma mensagem mais clara e fundamentada sobre aspectos como inclusão social, preconceito, apoio esportivo, mercado para os deficientes, visão filosófica sobre como esses seres humanos são enxergados nos tempos atuais - pelo menos no contexto de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. 


Palavras-chave


Esporte; Inclusão; Paralisia Cerebral.

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