GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE MILHETO, SORGO E CAPIM-SUDÃO SOB DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA E DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

Daniele Pacheco da Silva, Gustavo Trentin

Resumo


Um dos fatores que acabam limitando a germinação é a quantidade de água presente no solo disponível para as plantas. Dessa forma, o objetivo do estudo foi avaliar a germinação e emergência de milheto, sorgo e capim-sudão sob diferentes épocas de semeadura e disponibilidades hídricas. O experimento foi conduzido na Embrapa Pecuária Sul, utilizando delineamento experimental inteiramente casualizado com 3 tratamentos e 10 repetições. As espécies utilizadas foram milheto BRS 1503, sorgo CMSXS 7200 e capim-sudão BRS Estribo, na qual foram submetidas a diferentes tratamentos que consistiam em 40%, 70% e 100% de disponibilidade hídrica. As diferentes épocas de semeadura para sorgo e milheto ocorreram nas datas 31/10/2022, 30/11/2022 e 04/01/2023, e para o capim-sudão, nas datas 16/11/2022, 30/01/2023 e 24/02/2023, respectivamente. Os parâmetros avaliados foram a uniformidade de germinação, velocidade de emergência (VE) e índice de velocidade de emergência (IVE). A manutenção de água e contagem do número de plântulas emergidas ocorreram a cada dois dias após a semeadura. Logo após, os dados coletados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Skott-Knot a 5%, com o auxílio do software estatístico R. Os resultados obtidos indicaram que níveis abaixo de 70% de disponibilidade hídrica prejudicam significativamente esses parâmetros germinativos das espécies. No entanto, as condições meteorológicas e a época de semeadura também desempenharam um papel importante na resposta das plantas. A disponibilidade de água abaixo da capacidade de campo resulta em atraso na germinação e emergência, além da redução do IVE para as culturas de milheto, sorgo e capim-sudão em diversas épocas de semeadura.


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