CAÇA, MANIPULAÇÃO E CONSUMO DE TATU (Mammalia : Cingulata) E O RISCO DE ZOONOSES

Isabela Medeiros Ferreira, Patrícia de Freitas Salla, Susi Missel Pacheco

Resumo


Tatus são mamíferos que possuem o hábito de cavar tocas no solo, o que os torna mais suscetíveis ao contato com microorganismos que possam ser patogênicos ao ser humano. São animais comumente caçados por sua carne, que serve como fonte de proteína, e por sua carapaça, que funciona como matéria prima para fabricação de diversos objetos, além de serem utilizados para fins medicinais. Assim, são animais que possuem um grande potencial zoonótico para o homem. Considerando estes dados, o presente trabalho tem como objetivo oferecer informações, e possivelmente conscientizar o público, sobre o consumo e caça deste animal e as possíveis zoonoses relacionadas a estas práticas. Um questionário elaborado pelo Grupo de Estudos de Animais Silvestres do Pampa sobre a caça de animais silvestres foi divulgado em meios de comunicação virtuais, e resultou em exemplares caçados no Rio Grande do Sul, incluindo o tatu, que é o foco deste estudo. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica para coleta de informações sobre zoonoses relacionadas a este animal e, a partir destes dados, um infográfico foi confeccionado e postado na página do grupo de estudos na rede social Instagram, contendo doenças associadas ao tatu e suas formas de transmissão ao ser humano. A análise das informações encontradas permite concluir que, devido às características fisiológicas dos tatus, a caça e manipulação deste animal está associada com diversas enfermidades. Sendo assim, é de grande importância que caçadores tenham conhecimento destas zoonoses para evitar sua disseminação e, possivelmente, conscientização sobre a prática de caça destes animais.


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