EFEITOS DA MELATONINA SOB ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDO POR PARAQUAT EM DROSOPHILA MELANOGASTER

FRANCIELE ROSA, Ana Zilda Ceolin Colpo, Jéssica Schiavini, Graciela Maldaner, Ana Carolina Zago

Resumo


Introdução: Os antioxidantes exibem uma ampla gama de ações protetivas e
constituem ferramentas atraentes para projetar alternativas terapêuticas na
prevenção de danos induzidos por radicais livres. A melatonina, um hormônio
produzido principalmente pela glândula pineal, é considerada um importante
antioxidante endógeno, isto porque sua estrutura lhe permite atuar como doador ou
aceitador de elétrons em reações redox. Além disso, ela pode reagir com ácido
hipocloroso, radical ânion superóxido, óxido nítrico, entre outros radicais livres e
impulsionar a atividade da enzima antioxidante glutationa peroxidase. Objetivo: O
objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da melatonina em relação ao aumento da
resistência ao stress induzido por paraquat em Drosophila melanogaster.
Metodologia: Moscas macho nascidas e criadas em uma dieta padrão contendo
água, ágar, açúcar e farinha de milho foram separadas em grupos de 15 moscas e
acondicionadas em frascos contendo 3 ml dieta padrão acrescida de melatonina
(100 µg/ml) por 10 dias. Após esse período foram deixadas sem alimento por 2
horas e transferidas para frascos contendo apenas papel filtro umedecido com 20
mM de paraquat diluído em glicose 5%. O grupo controle recebeu o mesmo
tratamento, no entanto ao invés de melatonina recebeu água na mesma quantidade.
Os testes foram realizados em duplicata, sendo os dados analisados através do
teste T não pareado com interposição de curva de regressão linear utilizando o
programa GraphPad prisma (demo). Os resultados foram considerados significativos
quando p≤0.05. As moscas foram contadas a cada cinco horas, sendo anotado o
número de moscas que estavam mortas a cada momento de observação. Como
gerador de dano foi utilizado o paraquat (1,1'-Dimethyl-4,4'-bipyridinium dichloride)
que atua por meio de mecanismo de indução do estresse oxidativo pela produção
aumentada de radical superóxido (OH). Resultados: Ao final deste teste observouse
que não houve diferença estatística no tempo de vida após exposição, no entanto
nas moscas tratadas com melatonina observou-se maior linearidade na progressão
das mortes na curva de sobrevivência, onde o total de moscas do grupo controle
morreu após 103 horas e do grupo tratado com melatonina após 107 horas.
Conclusão: Embora estes sejam resultados preliminares, os dados observados
sugerem maior controle do dano oxidativo em curso no grupo tratado com
melatonina, no entanto estudos com outras doses de exposição e com outros
marcadores são necessários para fortalecer essa argumentação.

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