PREVALÊNCIA DE CISTISERCOSE EM CARCAÇAS DE OVINOS NO 1° SEMESTRE DE 2017 EM UM ABATEDOURO NA REGIÃO DA FRONTEIRA OSTE-RS.

Caroline Alvares Silva, TASSIANO BAIRROS, Gabriel Nunes Charão, Paula Loureci Ceolin

Resumo


Introdução: O Instituto brasileiro de Geografia e estatística calcula que o efetivo de ovinos no Brasil é de 18,43 milhões de cabeças em 2017. Os munícipios Casa Nova (BA), Santana do Livramento e Alegrete (RS) têm os maiores saldos de ovinos entre os municípios no País. Segundo dados do Serviço de Inspeção Municipal de Alegrete (SIM/SISBI), no ano de 2015 foram abatidos 17.532 cabeças de ovinos e no ano de 2016, atingiram 30.876 ovinos abatidos sob inspeção do município. Os ovinos podem ser parasitados pelos endoparasitas e ectoparasitas, e entre alguns parasitas que acometem o rebanho ovino cita-se o helminto Cysticercus ovis, forma larval da Taenia ovis, causador da cisticercose ovis, causadores de lesões císticas que podem ser encontradas nos músculos masseter, coração, esôfago, diafragma e musculatura esquelética. Tem como hospedeiro definitivo os cães, órgão de eleição o intestino, hospedeiro intermediário os ovinos e casualmente os humanos, podendo causar sérios problemas na saúde humana como por exemplo: neurocisticercose, insuficiência cardíaca, deficiência visual. Objetivo: Este Trabalho tem por intuito agrupar dados de ocorrência de cisticercose em carcaças abatidas sob inspeção municipal na região da fronteira oeste no 1º semestre de 2017 a fim de formular bancos de dados para informar os produtores e identificar os órgãos acometidos. Metodologia: O estudo foi conduzido na cidade de Alegrete em parceria com o SIM0004. Foram analisados dados das tabuletas de post mortem de casos de cisticercose no abatedouro no 1º semestre de 2017, através de dados existentes que foram coletados por médico veterinário e fiscais do Serviço de Inspeção Municipal de Alegrete-RS. Os procedimentos utilizados para a identificação foram: exames visuais, palpação, cortes em linfonodos, musculatura e pontos específicos da carcaça. Foi utilizado a metodologia qualitativa que segundo Decreto 9.013 de 22 de março de 2017 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Durante a coleta de dados além das observações foram utilizadas técnicas especificas para identificação da doença nas seguintes classificações: 01 cisto libera a carcaça para consumo direto, 2 a 5 as carcaças sofreram tratamento térmico e mais de 5 serão condenadas para consumo humano. Os dados foram separados por meses. Estes grupos foram analisados individualmente e conjuntamente, sendo submetidos a análise de variância ANOVA e o teste de Fisher. Resultados: No presente estudo a ocorrência de cisticercose no período de janeiro a junho de 2017 foi de 2,65% num
total de 14.292 ovinos abatidos, porem quando comparados entre os meses não obteve diferenças significativas. As lesões foram encontradas nos músculos da cabeça, língua e coração em um número mediano comparado a outros estudos, porém é importante os serviços de inspeção disporem dessas informações aos produtores para que diminua este percentual. Conclusão: A cisticercose ovina é endêmica nos animais abatidos, porém é necessário a atuação eficiente dos serviços de inspeção para que o produto final chegue até o consumidor com qualidade e garantindo segurança alimentar, além de uma política sanitária voltada para os animais de produção. É necessária a conscientização dos produtores quantos aos prejuízos, danos na saúde pública que doença causa, sendo um dos pontos primordiais para a redução de ocorrências.

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