LEVANTAMENTO DE PACIENTES COM LESÃO DE MANGUITO ROTADOR COM REMISSÃO TOTAL DOS SINTOMAS APÓS ATENDIMENTO NO NÚCLEO/SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA - URCAMP/BAGÉ-RS

Resumo

Manguito Rotador é constituído por um grupo de músculos (subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor) que cobre a cabeça do úmero e tem grande importância na estabilização, na força e na mobilidade do ombro. Ele pode sofrer lesões em grandes traumas, porém o mais frequente é a lesão crônica com graus variáveis, desde um pequeno edema até a ruptura total de um ou vários músculos do manguito. Tem como função principal manter a cabeça do úmero na cavidade glenoide, quando o úmero se movimenta garantindo a estabilização da articulação do ombro. As lesões degenerativas e traumáticas que afetam o manguito rotador (MR) estão entre as mais frequentes causas de dor no ombro, merecendo uma atenção cada vez maior no diagnóstico e tratamento, sendo hoje considerada uma patologia que exige equipe multidisciplinar. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento de pacientes com lesão do manguito rotador que obtiveram remissão dos sintomas após atendimento no Núcleo/ Serviço de Reabilitação Física, Urcamp, Bagé-RS. Foram coletados dados de pacientes atendidos nos anos de 2013 e 2014, através de registros armazenados no Núcleo/ Serviço de Reabilitação Física; as observações dos prontuários ocorreram durante o mês de junho de 2014. Todos os pacientes foram tratados com sessões alternadas de: infravermelho, ultrassom terapêutico, Tens e massoterapia. Como resultados do levantamento dos prontuários, 19 pacientes (100%) apresentaram a lesão de manguito. Destes, 57,89% desistiram do tratamento antes de sua finalização e total recuperação. Dos pacientes que persistiram durante todo o período de tratamento, 80% obtiveram remissão total da lesão, porém 20% permaneceram com a lesão, o que acarreta a limitação do movimento e amplitude de movimento comprometida (ADM). A lesão de manguito rotador tem acometido um número significativo de pessoas nos últimos anos, o que pode estar relacionado ao ritmo de vida moderno, entre outros fatores, levando a alterações posturais pelo quadro álgico e dependência de um profissional da área da saúde para estabilizar o quadro ou até mesmo levando a uma melhora da lesão, para que o paciente possa desenvolver suas atividades de vida diária normalmente sem qualquer impedimento de dor. Conclui-se que os procedimentos fisioterapêuticos foram de extrema importância para remissão dos sintomas, principalmente para os pacientes que realizaram o tratamento em sua totalidade, resultando na reabilitação funcional do ombro devolvendo a amplitude de movimento, força muscular e independência.