Prevalência de utilização de benzodiazepínicos durante o mês de dezembro de 2015 em um hospital universitário de Bagé-RS

CAROLINE SELBACH, Gleicimara Oliveira Trindade, Thaís Silveira Ribeiro, Ana Zilda Ceolin Colpo, Guilherme Cassão Marques Bragança, Ana Carolina Zago

Resumo


Os benzodiazepínicos são psicofármacos que compreendem a classe medicamentosa mais utilizada em pacientes institucionalizados em um hospital geral, com destaque de uso para o público feminino. São medicamentos seguros, pois mesmo em altas doses não são fatais. Todavia, podem ter potencialização de seus efeitos quando administrados em concomitância a outras drogas depressoras do sistema nervoso central. A utilização dos benzodiazepínicos em parte, é baseada na sua eficácia frente ao tratamento de distúrbios do sono e ansiedade, agindo ainda como relaxante muscular. Objetivou-se identificar os benzodiazepínicos mais utilizados entre os pacientes institucionalizados em um hospital universitário da cidade de Bagé-RS no mês de dezembro de 2015, bem como verificar as vias de administração com maior prevalência de escolha. Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo, documental e descritivo, desenvolvido em um hospital universitário da cidade de Bagé-RS. Os dados foram obtidos pelo relatório mensal de uso de medicamentos fornecido pelo referido hospital para o mês de dezembro de 2015. Após análise documental observou-se que do total de 836 benzodiazepínicos prescritos no período do estudo, o mais utilizado foi o Diazepam 10mg (34,45%), seguido de Midazolam 5mg/ml (29,31%), Bromazepam 3mg (14,23%), Clonazepam 0,5mg (8,73%), Alprazolam 0,5mg (7,17%), Diazepam 10mg/2ml (3,23%), Alprazolam 0,25mg (1,55%), Midazolam 15mg (1,21%) e Bromazepam 6mg (0,12%). A via de administração mais utilizada foi a oral (67,46%), seguida da endovenosa (32,54%). A escolha terapêutica medicamentosa varia de acordo com diversos fatores, dentre eles o quadro clínico em que se encontra o paciente internado e a disponibilidade de acordo com a padronização do hospital. A escolha da via é intimamente relacionada ao estado fisiológico/patológico do paciente, visto que a via oral é desaconselhada em alguns casos de restrição de deglutição, sedação ou não cooperação do paciente com a dinâmica de tratamento proposta. A literatura expõe dados bastante semelhantes aos aqui expostos, relatando que sendo de escolha o diazepam, a preferência é na forma de comprimidos, ou seja, para administração por via oral, sobretudo em pacientes com transtornos não graves.


Palavras-chave


Benzodiazepínicos, via de administração, hospital

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