SUSTENTABILIDADE: O PROJETO BIOMAS NO PAMPA
Resumo
A sustentabilidade é uma demanda mundial crescente, tendo em vista o uso indevido de utilização dos recursos naturais nas mais variadas classes do setor econômico. O projeto Biomas é desenvolvido pela confederação da agricultura e pecuária do Brasil (CNA) e a empresa brasileira de pesquisa agropecuária (EMBRAPA FLORESTAS) nos 6 biomas brasileiros, com intuito de implantar a sustentabilidade nas áreas rurais utilizando o uso de árvores com fins econômicos ambientais, desta maneira, são pesquisadas formas de uso das árvores, em áreas de preservação permanente - APP, área de reserva legal - ARL, ou mesmo em áreas de sistemas produtivos – ASP. O Bioma Pampa caracteriza-se por apresentar relevo levemente ondulado a ondulado com fitofisionomia predominantemente campestre e matas ciliares nas bordas dos rios. A introdução de espécies exóticas para comercializar madeira tornou-se uma prática comum nos campos do Pampa, descaracterizando a fisionomia. O presente trabalho ter por finalidade divulgar as ações do Projeto Biomas que visa a sustentabilidade nas áreas rurais através de pesquisas relacionadas à utilização de espécies nativas para sustentabilidade. A metodologia foi elaborada através de revisão bibliográfica e levantamento de campo.
A sede do projeto no Bioma Pampa está localizada na UNIPAMPA, Dom Pedrito (RS) vinculado ao laboratório de botânica, ainda no campus foi estabelecido o viveiro para produção de mudas destinadas às pesquisas. A área experimental, cedida pelo produtor Valter José Pötter em contrato com a Embrapa e CNA, situada na localidade de Caveiras, cerca de 20 km a oeste do município, dispõe de aproximadamente trinta e seis hectares para implantação dos subprojetos. Para manutenção dos trabalhos há uma equipe composta pelo coordenador regional, técnico, viveirista, líderes, secretária e bolsistas. O Projeto Biomas desenvolvido no Pampa contempla nove subprojetos em atividade, cada um com seu respectivo líder. A maioria deles avalia espécies arbóreas, tendo isso em vista o viveiro vem a calhar com a produção de táxons que posteriormente serão replantados na área experimental e avaliados, por enquanto estão sendo cultivadas doze espécies (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong., Erythrina cristagalli L.., Lithraea brasiliensis Marchand, Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan, Parkinsonia aculeata L, Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., Prosopis affinis Spreng., Prosopis alba Grisebach, Myrsine sp., Schinus terebinthifolius Raddi, Scutia buxifolia Reissek) pelo viveirista, duas in vitro (Prosopis alba Grisebach, Sebastiania brasilienesis Spreng. e uma na micropropagação (Prosopis alba Grisebach) no laboratório de botânica. Todavia estão sendo selecionadas e separadas sementes de sete táxons (Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong., Lithraea brasiliensis Marchand, Luehea divaricata Mart. & Zucc., Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan, Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., Quillaja brasiliensis (A.St.-Hil. & Tul.) Mart., Schinus molle L.) pelo bolsista para germinação e cultivo. Considerando a subutilização de árvores nas regiões em questão e a supressão que o Bioma Pampa vem sofrendo frente ao cultivo de monoculturas, o Projeto Biomas pesquisa novas alternativas para produtores associando ganho econômico à menor impacto ambiental, tendo em vista que sistemas silvipastoris além de possibilitarem duas origens de renda, permitem diversidade de fauna e flora além de benefícios para o solo.Palavras-chave
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