Posição Relativa do Brasil no Mercado Internacional de Pêssego e Nectarina in natura

Wendell Silva, Cassiano Pegoraro, Fernanda Moreira Oliveira, Camila Pegoraro, Roberta Manica-Berto

Resumo


O comércio internacional de frutas ganhou importância a partir da década de 1990 em função de fatores que possibilitaram a enorme expansão da fruticultura no mundo. Entre esses fatores, pode-se citar o empenho dos países em desenvolvimento para aumentar o valor exportado e diversificar as suas pautas de exportação; acordos bilaterais e regionais que permitiram a diminuição das barreiras comerciais; a diversificação produtiva, estratégia de proteção dos países frente à diminuição das garantias do governo e reforma da política agrícola; e, avanço da capacidade de transporte e armazenagem das frutas. O mercado mundial de frutas é dominado por produtos de clima temperado e que possuem seus maiores mercados consumidores na Europa e nos Estados Unidos. O objetivo desta pesquisa foi verificar a posição relativa do Brasil no mercado internacional de pêssego e nectarina, na forma in natura. O método de pesquisa utilizado foi analítico-descritivo, e baseou-se na coleta de dados estatísticos de produção, exportação e importações dos principais países de destaque internacional na produção de pêssego e nectarina, na forma in natura. Os dados foram obtidos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação no período de 1961 a 2013. O cálculo do Índice de Posição Relativa (POS) do Brasil no mercado internacional de pêssego e nectarina in natura foi determinado conforme estabelecido por Lafay. Para que se determine a posição de uma nação no mercado internacional de um produto, ou seja, a competitividade entre países, faz-se necessário que se calcule o seu saldo comercial: exportações menos importações do produto k, no tempo n, do país i; em relação ao total do referido produto (k) comercializado no mundo (W), valor total das exportações mais as importações mundiais deste produto, em um determinado período de tempo. Para a análise dos resultados, países que apresentaram resultados superiores a zero obtiveram saldos relativos superavitários, e os países que apresentaram resultados negativos, têm posicionamento relativo deficitário no mercado internacional. Em 2013 o Brasil obteve -0,63 como POS e se igualou a Índia (-0,001), Egito (0,07) e Argentina (0,16). A França (-2,82), mesmo colocada em 12ª posição em termos de produção, apresentou-se como o maior deficitário no mercado internacional. A Itália e Espanha ocupam a segunda e terceira posição quanto à produção mundial, respectivamente. Essa posição se inverteu quanto a POS no mercado internacional, a Espanha deteve a maior posição (20,22), seguida da Itália (6,08). Pode-se concluir que o crescimento da produção brasileira, que levou o país a ser o décimo terceiro maior produtor mundial de pêssego e nectarina in natura em 2013, pouco tem se refletido sobre os valores exportados pelo país e sobre os ganhos provenientes do comércio internacional.


Palavras-chave


Lafay; exportação; competitividade

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