TRANSFERIBILIDADE in silico DE MARCADORES MICROSSATÉLITES DE EUGENIA UNIFLORA OBTIDOS POR NGS PARA SETE ESPÉCIES DE EUCALYPTUS
Resumo
Os testes de transferibilidade in silico requerem um banco de dados que possua informações de sequências gênicas da espécie em estudo, sendo ele o banco de dados de sequências expressas (EST). ESTs são marcadores de interesse pois controlam características fenotípicas importantes economicamente e permitem avaliar a distribuição de marcadores moleculares microssatélites em regiões transcrita e não transcrita. Espécies economicamente importantes da família Myrtaceae, foram escolhidas para o estudo, sendo elas Eugenia uniflora e Eucalyptus spp. O presente trabalho teve como objetivo identificar primers de regiões microssatélites caracterizadas em E. uniflora transferíveis para as sete espécies de Eucalyptus. Para tal, foi realizado o sequenciamento, montagem do rascunho do genoma de E. uniflora, prospecção de microssatélites e desenho de primers. As sequências dos primers microssatélites foram submetidas ao GenBank. Após, obteve-se os bancos de dados de ESTs do Taxonomy browser no site do NCBI para sete espécies de Eucalyptus, sendo necessária a retirada de redundância, pois o banco de dados não possui curadoria e isso implica na possibilidade de muitas de suas sequências serem repetidas. As sequências repetidas foram excluídas e, por fim, realizou-se a simulação da PCR in silico. Da comparação dos primers SSR de Eugenia uniflora (111) com os bancos de dados de EST de Eucalyptus por PCR virtual, obtivemos o número de primers transferíveis para cada espécie. O maior número de primers transferíveis foi para E. gunni (95), seguido de E. camaldulensis (94), E. globulus (89), E. pellita (86) E. grandis (84), E. urophylla (76) e E. tereticornis (35). A transferibilidade de primers foi relativamente alta quando comparada com dados presentes na literatura, obtendo sucesso. De acordo com a literatura isto ocorre pelo fato dos níveis de conservação das sequências entre as espécies testadas serem altas e terem similaridade com as sequências disponíveis no banco de dados. Porém, o fato de algumas espécies terem uma transferibilidade baixa, pode se dar também pelo baixo número de sequências disponíveis no banco de dados. Esses marcadores apresentam um alto custo para seu desenvolvimento e, por isso, uma alternativa de barateamento e de ampliação do emprego de marcadores é de extremo interesse. Conclui-se que há possiblidade de transferibilidade dos primers SSR de Eugenia uniflora para as sete espécies de Eucalyptus. Para dar continuidade ao trabalho serão necessários testes em laboratório para validar a transferibilidade.
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