Citologia Vaginal na Identificação Do Ciclo Estral de Éguas Quarto De Milha na Região da Campanha

LUISA DOS SANTOS VEBER, Iago Azambuja Brum, Patricia de Freitas Salla, Gabriela Venite

Resumo


As éguas são consideradas poliéstricas estacionais, ou seja, têm ciclo reprodutivo dividido em período de competência sexual (estação reprodutiva) durante a primavera/verão e de incompetência sexual (estação não reprodutiva) no outono/inverno, sendo esta característica marcante nas regiões onde há grande variação fotoperiódica durante o ano. Na fase que antecede a estação reprodutiva, denominada de transição de primavera (de agosto a outubro), as éguas começam a ciclar, mas os cios são prolongados e anovulatórios e, na fase que segue a estação reprodutiva, denominada de transição de outono (de março a maio), elas vão parando de ciclar e os cios tornam-se prolongados e anovulatórios. Após esta fase, elas entram em um período de anestro, que se estende de maio a agosto. O estro na égua é marcado por um período de receptividade sexual bem característico, mas em algumas éguas só é perceptível através do acompanhamento folicular “per rectun”, uma vez que as manifestações psíquicas não são demonstradas, como o cio silencioso. O fator determinante deste comportamento é a duração do período de luz/dia, mas outros fatores como nutrição, temperatura e estado sanitário podem alterar os padrões de ciclo estral. O experimento foi realizado na Universidade da Região da Campanha, no município de Bagé-RS, com quatro fêmeas escolhidas ao acaso, aptas à reprodução. Objetivando descrever os tipos celulares presentes nos esfregaços vaginais das éguas. A coleta do material foi realizada com swabs estéreis, através de esfregaços em lâminas histológicas fixadas, coradas e examinadas em microscópios, para análise estatística utilizou-se o teste de Tukey a 5%. Foram divididas as éguas em (E1, E2, E3, E4), onde pode-se avaliar que a E1 apresentou predominância de células anucleadas queratinizadas, não sendo observadas células superficiais  e células parabasais; a égua E2 apresentou predominância de células anucleadas queratinizadas e um número grande de células aglomeradas, contendo todas as células; E3 predominância de células anucleadas queratinizadas, presença de hemáceas e todos os tipos celulares; e a égua E4 apresentou predominância de células anucleadas queratinizadas e presença de hemáceas, em menos quantidade quanto a E3. As células anucleadas queratinizadas foram significativamente superiores. Na fase do proestro as células parabasais e intermediárias apresentaram diferenças significativas (P>0,05) entre si. A citologia esfoliativa possibilita a avaliação do epitélio vaginal, objetiva a separação de éguas vazias para nova cobertura, tratamento e descarte. O conhecimento e a manipulação da duração do ciclo estral eqüino e suas fases têm-se tornado muito importante com a crescente utilização de técnicas de inseminação artificial e transferência de embriões na espécie, podendo concluir que é possível diferenciar as fases do ciclo estral, em éguas, através da citologia esfoliativa, observando-se que a maioria das éguas examinadas esta em estro.


Palavras-chave


células; citologia; reprodução

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