INTOXICAÇÕES POR ALIMENTOS HUMANOS EM CÃES E GATOS

LUIZ CARLOS SOTO MACIEL FILHO, REGINA CELIS PEREIRA REINIGER, DENNER ARAUJO JACINTO, IGOR FERREIRA AZAMBUJA, RODRIGO COELHO AZAMBUJA, ALESSANDRO DOS SANTOS RIBAS

Resumo


Introdução: As intoxicações por alimentos humanos em cães e gatos normalmente ocorre devido ao desconhecimento dos perigos que podem representar ao animal. Devido a aproximação dos animais de estimação com seus donos, a ingestão de alimentos tóxicos acaba ocorrendo de forma involuntária. Devido aos cães possuírem um apetite menos seletivo, a ocorrência de intoxicações alimentares em cães é mais frequente quando comparado aos gatos. Dentre os alimentos, de consumo cotidiano dos humanos, os mais relacionados em casos de intoxicação alimentar em animais são: cebolas, alhos, chocolates, frutas, entre outros. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi relatar os alimentos mais comuns do consumo humano que podem causar intoxicação em cães.  Metodologia: Este trabalho foi realizado através de revisão de literatura em periódicos e livros de autores consagrados. Resultados: A cebola e o Alho - Allium cepa e Allium sativum, são componentes de uso cotidiano na alimentação dos seres humanos, por possuírem componentes que trazem benefícios para sua saúde, porem ambos possuem componentes tóxicos que podem trazer risco de vida se oferecido para cães e gatos. O alho é considerado menos tóxico e seguro para cães do que a cebola quando usado com moderação. Para que ocorra uma intoxicação por cebola em gatos é necessário apenas o consumo de 5g/Kg, ou 15 a 30g/Kg pelos cães. Os primeiros sinais de uma intoxicação por cebola ou alho são de gastroenterites, como vômitos, diarreias, dor abdominal e perda do apetite, também podendo se observar desidratação e depressão, evoluindo para sinais clínicos associados à hemólise. O tratamento é de suporte, visando diminuir os sinais clínicos. O chocolate é um alimento muito apreciado pelos humanos, porém as metilxantinas são tóxicas aos cães, provocando grande estimulo cerebral e aumento da atividade do músculo cardíaco, ocasionando arritmias importantes nesta espécie. Dentre os sinas clínicos: vômito, diarreia, náusea, dispneia, polidipsia, poliúria e polaquiúria, geralmente ocorrendo dentro de seis a 12 horas após a ingestão. O tratamento em caso de ingestão em menos de duas horas deve ser de suporte, com lavagem gástrica, uso de carvão ativado, e indução de êmese. Dentre as frutas, as que apresentam potencial de intoxicação em cães e gatos, são: abacate, apresentando todas as partes da planta com poder altamente tóxico; uva e passas, sendo considerado tóxico, qualquer quantidade de sua ingestão. O xilitol é um açúcar petanol presente em frutas como uva, morangos, framboesa e utilizado em diversos produtos como adoçantes, balas de mascar, confeitos, compota, caramelos.  A dose de 0,15 a 16 g/Kg é considerada tóxica para cães, mas o mecanismo de toxicidade ainda não é conhecido. Nozes-de-macadâmia é a semente de um fruto seco, obtido da árvore das espécies Macadamia intergrifolia e M. tetraphylla. Normalmente encontradas em Cookies e manteigas a base deste fruto. Os sinais clínicos mais comuns de uma intoxicação por frutos e seus componentes são: vômitos, diarreias, fraqueza, dor abdominal, desidratação, taquicardia, etc. O tratamento deve ser baseado na estabilização dos sinais clínicos. Conclusão: Conhecer os alimentos que podem provocar intoxicação em cães e gatos é uma forma de evitar o consumo, através da divulgação de informações para os proprietários.

Palavras-chave


apetite; perigo; ingestão.

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