A INCIDÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS COM DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS: REVISÃO LITERÁRIA

BIANCA PIRIZ LATORRE, ALANA DE OLIVEIRA SANTOS, ALINE MACHADO VEIGA, AMANDA BARBOSA DA SILVA, LAURA MORAES DA LUZ BRUM, SIMONE DA SILVA PORTO

Resumo



Introdução: O envelhecimento pode ser compreendido como a diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos, o que em condições normais, não costuma provocar problemas. Neste período, o cérebro sofre modificações fisiológicas e estruturais, que quando associadas a alterações multifatoriais, contribuem para o desequilíbrio em pessoas idosas. Estas modificações são potencializadas quando aliadas a processos patológicos, como as Doenças Neurodegenerativas de Alzheimer (DA), de Parkinson (DP), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Esclerose Múltipla (EM). Estas doenças aumentam o risco de queda entre os idosos, sendo que 30% destes caem pelo menos uma vez ao ano. Objetivo: Analisar através da literatura, a incidência de quedas em idosos com Doenças Neurodegenerativas, os fatores de risco e as principais intervenções. Metodologia: Este estudo caracteriza-se por uma revisão sistemática da literatura, em que foram consultadas as bases de dados Google Acadêmico, Scielo e Lilacs e para refinar as buscas foram utilizados somente artigos publicados a partir de 2006 e o idioma Português. As buscas foram feitas no período de junho de 2017 e foram observados os artigos mais relevantes sobre o tema proposto. Foi observada nos artigos, a ocorrência de quedas em idosos associadas a doenças neurodegenerativas, os fatores envolvidos e as principais intervenções. Resultados: O aumento de quedas pode estar associado a diferentes fatores, os principais são intrínsecos decorrentes das alterações fisiológicas que surgem com o processo natural do envelhecimento, agravados pelas alterações patológicas, além de fatores psicológicos e efeitos colaterais de medicamentos, e também extrínsecos, relacionados aos comportamentos de risco e às atividades praticadas pelos indivíduos em seu ambiente. Na comparação do risco de quedas em idosos com DP, DA e indivíduos saudáveis, observou-se na maioria dos estudos que os participantes com DA apresentaram maior risco de quedas que os indivíduos com DP e em relação à Esclerose Múltipla e a ELA, foi possível observar que há uma escassez de referências literárias mencionando o índice de quedas, pois o intuito principal no caso dessas doenças é a prevenção da fadiga e dos danos pelo uso excessivo da musculatura, contudo em contraste com isto ainda há o fato de que muitos nessa faixa etária, já apresentam déficit da marcha e outras complicações mais graves. Conclusão: Logo, a incidência de quedas em idosos com doenças neurodegenerativas é intensificada pela progressão das alterações do quadro patológico. E percebe-se a necessidade de intervir nas alterações intrínsecas, através da fisioterapia, por exemplo, melhorando o condicionamento cardiovascular, fortalecimento muscular e aspectos sociais. E nas extrínsecas, adaptando o ambiente, a fim de evitar ou diminuir o risco de quedas


Palavras-chave


Doença Neurodegenerativas - Idosos - Quedas.

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