PREVALÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA E EFEITOS TOXICOLÓGICOS DE SEU ABUSO

LENISE LEAL ALVES, Ana Paula Simões Menezes

Resumo


 

 

 

Introdução: O uso de álcool entre adolescentes é, naturalmente, um tema controverso no meio social e acadêmico brasileiro. Ao mesmo tempo em que a lei brasileira define como proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, é prática comum o consumo de álcool pelos jovens, seja no ambiente domiciliar, em festividades, ou mesmo em ambientes públicos. Aqueles que são coniventes com esse comportamento devem se conscientizar de que as consequências negativas ligadas ao uso do álcool podem ter grande impacto na vida desses adolescentes, como um pior rendimento nos estudos, problemas sociais, prática de sexo sem proteção e/ou sem consentimento, maior risco de suicídio ou homicídio, e acidentes relacionados ao consumo. Os adolescentes do sexo masculinos mais velhos, que vivem em áreas urbanas, foram os mais propensos a apresentar doenças relacionadas ao álcool e ao fumo.  Além disso, as principais razões para o uso pesado/frequente de álcool são o prazer, diversão e ansiedade. Quanto à depressão, relata-se que quase um terço dos participantes informou ter sofrido desse mal, além de serem duas vezes mais propensos a ter transtornos relacionados ao uso do álcool. A sociedade como um todo adota atitudes paradoxais frente ao tema: por um lado condena o abuso de álcool pelos jovens, mas é tipicamente permissiva ao estímulo do consumo por meio da propaganda. Objetivo: Este estudo objetivou descrever a prevalência do consumo de álcool entre adolescentes, bem como ressaltar os impactos sociais do alcoolismo entre jovens e evidenciar os efeitos tóxicos do mesmo. Metodologia: Através de um levantamento de revisão sistemática bibliográfica foram pesquisados os bancos de dados Google Acadêmico e Scielo sendo utilizados os termos chaves: "alcoolismo na adolescência","álcool" e "jovens". Foram utilizados como limites artigos publicados desde o ano 2010 e no idioma português. A busca bibliográfica resultou em cinco artigos que representaram o tema. Resultados: A população de adolescentes dos estudos esteve compreendia com idades entre 10-20 anos de idade. A ação do álcool no organismo inclui a degeneração das células cerebrais, o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, além do aparecimento de úlceras e cirrose como condições de toxicidade em longo prazo. Desta forma entende-se pertinente o estudo da epidemiologia do uso do álcool por adolescentes, desvendando sua influência sobre a saúde dos jovens, o impacto emocional e social deste vício e as formas de consumo nos dias atuais, bem como os fatores da sociedade contemporânea que influenciam este uso. Conclusão: O consumo de álcool por adolescentes ainda tem elementos controversos para sua compreensão. Apesar de trazer claras consequências orgânicas, comportamentais e na estrutura de desenvolvimento da personalidade do jovem o uso do álcool por adolescentes é uma realidade em distintos contextos sociais. Além da necessidade de se preencher a atual lacuna no setor da saúde e bem-estar social para adolescentes, são necessárias ações voltadas para o ambiente familiar e potenciais fatores de proteção e de risco que envolve os hábitos dos pais.

 


Palavras-chave


toxicologia, álcool, prevalência

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