CONSTRUINDO CIDADES PARA PESSOAS E A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES: ESTUDO DE CASO DA PLANTA URBANA DE SANTANA DO LIVRAMENTO.
Resumo
A preocupação com o meio ambiente urbano vem crescendo no mundo inteiro. Diversas conferências internacionais sobre meio ambiente e desenvolvimento já estabeleceram a necessidade e a importância da preservação das áreas verdes urbanas para contra restar a crescente antropização, que vai modificando o ambiente natural em áreas pavimentadas, edificadas e sem espaço para as pessoas. Na Agenda 21, documento elaborado durante a ECO 92 no Rio de Janeiro, tem um capitulo inteiramente dedicado a este tema. As transformações urbanísticas no cenário brasileiro vêm acontecendo, principalmente, desde a década de 1970 devido ao acentuado crescimento econômico e populacional que demanda espaços mais grandes nas cidades, comprometendo, dessa forma, a quantidade e a qualidade de áreas verdes urbanas. Embora isto seja uma constante na maioria das cidades brasileiras, existem alguns exemplos de respeito a natureza em cidades como Curitiba com seus 64,5m² de área verde por habitante e Goiânia com seus 94m² por habitante. Nos espaços urbanizados, as áreas verdes urbanas melhoram a qualidade de vida das pessoas e proporcionam o equilíbrio necessário entre o espaço modificado e o ambiente natural. As áreas verdes são consideradas um indicador na qualidade ambiental urbana e esses espaços livres públicos obrigatórios por lei, quando não são efetivados, interferem na qualidade do ambiente e no lazer das pessoas. A preocupação pela existência, planejamento e preservação das áreas verdes no meio urbano não faz parte somente da agenda das grandes cidades senão também dos pequenos municípios do interior que cada dia mais assiste a degradação do seu ambiente com novas construções sem planejamento urbano adequado, poluindo o solo e os recursos hídricos, assim como, menosprezando as áreas com cobertura vegetal natural. Neste trabalho objetivou-se analisar a gestão das áreas verdes dentro do município de Santana do Livramento, uso e preservação das mesmas. Para a consecução do objetivo foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa. Segundo os procedimentos técnicos, foi realizada uma pesquisa de tipo bibliográfica, documental, com estudo de campo e levantamento de dados. O plano de instrumentos de coleta de dados aconteceu através de entrevistas e questionários com perguntas fechadas e mistas. Os dados foram coletados com pessoas que tiveram experiências praticas com o problema pesquisado, gestores de áreas verdes municipais assim como amostras da população que são como usuários das áreas referidas. O plano de amostragem foi não probabilístico por conveniência. Os resultados parciais obtidos até agora na pesquisa, confirmam de forma parcial a hipótese inicial do estudo da ausência de preservação das áreas verdes da planta urbana. Com os resultados da pesquisa e a proposta a ser realizada para preservação das áreas que já existem assim como a criação de novas, pretende-se motivar as autoridades do Município a realizar um planejamento das mesmas para melhorar a qualidade de vida da sociedade e tornando à cidade agradável para as pessoas. As conclusões apontam para o fato de que as cidades devem ser planejadas para pessoas, ou seja, torná-las mais agradáveis a população, com a criação de novos parques, transporte publico mais eficiente, criação de ciclovias e paisagismo urbano, pois além do beneficio ambiental, a consequência é também a melhoria dos níveis de stress das pessoas. Ao finalizar é importante destacar que esta afirmativa está totalmente de acordo com o posicionamento dos principais pesquisadores contemporâneos sobre o assunto.
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