Prevalência de utilização de psicofármacos entre acadêmicos do curso de Psicologia da Universidade da Região da Campanha (URCAMP) de Bagé-RS

LUANA NAVARRINA LEMOS, Ana Carolina Zago, Eduarda Freire Marcon, Karen Perdomo, Veronica Portella

Resumo


Introdução: Momentos de transição na vida, indiscutivelmente são condutores de estresse e ansiedade, merecendo destaque a mudança no estilo de vida dos alunos ao ingressarem e concluírem o ensino superior. As dificuldades ao se depararem com um contexto diferenciado contribuem para o aparecimento de tensões e ansiedade. A tendência de medicalização tem-se ampliado de tal modo que os psicofármacos instituíram-se como recurso terapêutico mais utilizado para tratar sintomas como tristeza, desamparo, solidão, inquietude, receio, insegurança, ou até mesmo a ausência de felicidade, sem que seja questionada outra solução terapêutica para as pessoas acometidas por estas manifestações. Objetivo: Identificar a prevalência de utilização de psicofármacos entre os acadêmicos do 1º, 9º e 10º semestre do curso de Psicologia da Universidade da Região da Campanha da cidade de Bagé-RS, bem como verificar o principal motivo. Metodologia: A metodologia adotada baseou-se em uma pesquisa descritiva, com levantamento de dados dos acadêmicos do 1º, 9º e 10º semestres do curso de Psicologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da URCAMP, em Bagé, referente a utilização de psicofármacos e os motivos relatados. Os dados foram coletados no mês de junho de 2017. Os resultados obtidos foram tabulados, analisados e quantificados através do programa Microsoft Excel. Resultados: Como resultado final, observou-se que 08 (18%) dos 44 acadêmicos questionados utilizam psicofármacos, apresentando como motivos de utilização: ansiedade, depressão, síndrome do pânico e tensão pré-menstrual (TPM) severa. Para a realização do tratamento, utilizam medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, e apenas quatro acadêmicos entrevistados (9%) fazem terapia em conjunto com o tratamento medicamentoso. Conclusão: Em relação aos resultados encontrados neste estudo, pode-se concluir que a utilização de psicofármacos por acadêmicos do curso de Psicologia da Urcamp não foi considerada alta. O que surpreende com os resultados encontrados, é que apenas metade dos indivíduos entrevistados, que fazem uso de psicofármacos, procura psicoterapia para amenizar os sintomas, o que já se sabe que a utilização somente do tratamento medicamentoso não torna a terapia totalmente eficaz. Estudos demonstram que a união entre a psicofarmacologia e a psicoterapia produz resultados mais satisfatórios.

Palavras-chave


prevalência, psicofármacos, acadêmicos

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