AMPUTAÇÃO: O ENFRENTAMENTO FRENTE À CONDIÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
Resumo
Introdução: Entende-se por amputação a ablação completa ou incompleta de alguma parte do corpo, sendo ela cirúrgica ou acidentalmente. O ato de amputar algum membro do corpo pode ocasionar alterações multidimensionais, inclusive as sensoriais como a dor do membro fantasma, e conhecido desde a antiguidade, tendo sua primeira descrição na literatura no século XVI pelo cirurgião francês Ambroise Pare. O amputado carrega consigo um longo caminho de adaptação e se o membro seccionado for o inferior, esta ausência levará à dificuldade de locomoção e ao possível uso de próteses e seções de fisioterapia. Quando a amputação ocorre nos membros superiores, as limitações podem ocasionar uma incapacidade de realizar tarefas mínimas. Objetivo: O objetivo deste estudo foi conhecer o enfrentamento frente à condição física e psicológica de pacientes que sofreram amputação. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura e seguiu as seguintes etapas: definição da questão norteadora, seleção dos descritores, definição dos critérios de seleção, levantamento do material bibliográfico, organização das categorias e análise dos dados obtidos. A questão norteadora do estudo foi: O que foi publicado nos últimos 7 anos sobre o enfrentamento físico e psicológico do paciente que sofreu uma amputação? Para responder ao questionamento e contemplar o objetivo proposto foi realizado o levantamento bibliográfico incluindo todos os artigos sobre a temática, publicados no período de 2010 a 2017 e indexados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram utilizados como critérios de seleção: artigos em português; disponíveis na íntegra, indexados pelos termos dos Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “emoções” e “amputação”. A busca foi realizada no período de junho a julho de 2017. Foram encontradas 6 publicações onde 2 se repetiam e 1 não contemplava o tema, assim 3 publicações foram selecionadas. Resultados finais: Os resultados foram agrupados em duas categorias de acordo com o seu enfoque principal: “Sentimentos/emoções frente à amputação” e “Apoio, suporte e estratégias de enfrentamento pós-amputação”. Os resultados apontam que as pessoas que realizam uma amputação geralmente experimentam algum fenômeno sensorial, como a síndrome do membro fantasma, depressão, sentimento de abandono, tornando-se um suicida em potencial em função dos sentimentos negativos provocados pelo trauma físico, além de desânimo e frustração. Vivenciam preconceito nos espaços de convívio social, além de nem sempre terem acessibilidade garantida a locais públicos. Para compensar tais sentimentos, apoiam-se às estruturas que mais se aproximam e o acolhem da melhor forma, como profissionais de saúde, familiares, a fé religiosa ou amigos. No entanto, para adaptar-se à nova realidade diante do novo estado de seu corpo, a pessoa amputada utiliza diferentes estratégias. Considerações finais: Considera-se que, além do suporte familiar, o amparo de uma equipe multidisciplinar composta principalmente por enfermeiro, fisioterapeuta e psicólogo torna-se indispensável no enfrentamento de uma amputação, pois estes profissionais auxiliarão o paciente na aceitação e na sua adaptação física e psíquica o que fará compreender a perda, entender as limitações e favorecerá sua autonomia.
Palavras-chave
Amputação; Emoções; Reabilitação.
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