TRÍPLICE HÉLICE E INOVAÇÃO: relações entre uma empresa metalmecânica, o PEPI NC e a universidade

João Carlos Parcianello

Resumo


Este artigo tem por escopo analisar a inovação em processos de uma empresa metalmecânica atendida pelo Projeto Extensão Produtiva e Inovação Núcleo Noroeste Colonial (PEPI NC) da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). A escolha da empresa para este estudo de caso ocorreu em função da sua relevância na esfera empresarial da região noroeste do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, pois possui um portfólio de produtos amplo e sofisticado de máquinas agrícolas. Neste estudo se adotou o paradigma interpretativista, onde se considera a realidade subjetiva, holística e complexa. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e observação direta dos processos, através de um caderno de campo e fotografias. Na interpretação dos dados se utilizou a técnica da análise de conteúdo para sistematizar e compreender as informações. Constatou-se que as inovações em processo na organização propiciam um eficiente desenvolvimento empresarial, pois auxiliam a torná-la competitiva. O PEPI NC, por meio das melhorias propostas pelo extensionista – lay out, site e gestão – que foram acatadas e implementadas pelo proprietário da empresa, também auxiliou no desenvolvimento da organização. Ficou evidenciado o papel da tríplice hélice.

Palavras-chave


Inovação em processos. Empresa metalmecânica. Tríplice hélice.

Texto completo:

PDF

Referências


AGDI. Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento. Disponível em: . Acesso em 30 Set 2015.

ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. A gerência da criatividade. São Paulo: Makron Books, 1996.

AMARAL FILHO, Jair do. A endogeneização no desenvolvimento econômico regional e local. Planejamento e Políticas Públicas, n. 23, 2009.

ANDRADE, Thales de. Inovação tecnológica e meio ambiente: a construção de novos enfoques. Ambiente e Sociedade, Brasília, v. 7, n. 1, p. 89-106, jan./jun. 2004.

BAUER, R. Gestão da mudança – caos e complexidade nas organizações. São Paulo: Atlas, 1999.

BESANKO, D. RANOVE, D. SHANLEY, N. SCHAEFER, S. A economia da estratégia. 5. Ed. São Paulo: Bookman, 2000.

BURRELL, Gibson. MORGAN, Gareth. Sociological paradigns and organizational analysis. London: Heinemann, 1979.

CAREGNATTO, Rita Catalina. MUTTI, Regina. Pesquisa Qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 15, n. 4. p. 678-684. 2006.

CARVALHO, Hélio Gomes de. REIS, Roberto dos. CAVALCANTE, Márcia Beatriz. Gestão da inovação. Curitiba: Aymará, 2011.

CHANEY, P. K. DEVINNEY, T. M. New product innovation and stock price performance. Journal of Business Finance & Accounting, v. 19, n. 5, p. 677-685, 1992.

ETZKOWITZ, Henry. Hélice tríplice: universidade – indústria – governo: inovação em ação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009.

FIDELIS, Rodrigo Ribeiro, et al. Alguns aspectos do plantio direto para a cultura de soja. Bioscience journal, Uberlândia, v. 19, n. 1, p. 23-31, jan./abr.2003.

GALLINA, Renato. FLEURY, Afonso. A capacitação tecnológica na empresa: a função da Tecnologia Industrial Básica (TIB). Gestão & Produção, São Carlos, v. 20, n. 2, abr./jun. 2013.

GAUSMANN, Estela. SALVI, Eloni José. A percepção sobre inovação de empresários atendidos pelo projeto PEPI. Estudo & Debate, v. 22, n. 1, 2015.

GODOY, Arilda Schmidt. Pesquisa Qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 20-29. 1995.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisas. São Paulo: Atlas, 1995.

HEBINIAK, L. G. JOICE, W. F. Organizational adaptation: strategic choice and environmental determinism. Administrative Science Quartely, v. 30, 1985, p. 336-349.

KOTLER, Philip. KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

LEMOS, Cristina in LASTRES, Helena M. M., ALBAGLI (organizadoras). Informação e globalização na era do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

MALINVAUD, Edmond. Regard d’um ancien sur les nouvelles théories de la croissance. Revue économique, v. 44, n. 2, p. 171-188, 1993. Disponível em: . Acesso em 30 Set 2015.

MENDONÇA, J.R.C. Interacionismo simbólico: uma sugestão metodológica para a pesquisa em administração. Revista Eletrônica de Administração, Porto Alegre, ed. 26, v. 8, n. 2, mar-abr. 2002.

MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista educação, n. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.

NEVES, José Luis. Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 2º sem. 1996.

OCDE. Manual de Oslo: OECD proposed guidelines for collecting and interpreting technological innovation. Paris. 2005.

OLIVEIRA, Bráulio Alexandre Contento de. MATTAR, Fauze Najib. Canibalismo entre produtos: disfunção ou alternativa estratégica? Revista FAE, Curitiba, v. 3, n. 3, p. 39-45, set./dez. 2000.

ROSSI, George Bedinelli. SERRALVO, Francisco Antonio. JOÃO, Belmiro Nascimento. Análise de conteúdo. Revista de Marketing. V. 13, n. 4, p. 39-48, 2014.

SANCHES, Carmen Silvia. Gestão ambiental proativa. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 76-87, jan./mar. 2000.

SIEDENBERG, Dieter Rugard. In: SIEDENBERG, Dieter Rugard. Desenvolvimento sob múltiplos olhares. Ijuí: Unijuí, 2012.

SILVA, Antonio Carlos Teixeira da. Inovação: como criar ideias que geram resultados. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.

SCHUMPETER, Joseph A. Teoria do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.

TEIXEIRA, Juliana Cristina. NASCIMENTO, Marco César Ribeiro. CARRIERI, A. P. Triangulação entre métodos na administração: gerando conversações paradigmáticas ou meras validações “convergentes”? Revista de administração pública, v. 46, n. 1, p. 191-220, 2012.

TIDD, Joe. BESSANT, John. PAVITT, Keith. Gestão da inovação. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.

TIDD, Joe. Innovation management in context: environment, organization and performance. International Journal of Management Reviews, v. 3, n. 3, p.169-183, 2001.

VENTURA, Magda Maria. O estudo de caso como modalidade de pesquisa. Revista Socarj, v. 20, n. 5, p. 383-386, 2007.

VERGARA, Sylvia Constant. CALDAS, Miguel P. Paradigma interpretecionista: a busca da superação do objetivismo funcionalista nos anos de 1980 e 1990. Revista de Administração de Empresas, v. 45, n. 4, p. 66-75, 2005.

WHEATLEY, Margaret. J. Liderança e a nova ciência. São Paulo: Cultrix, 1999.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.